Os vereadores que integram a CPI da Lagoa da Pampulha fizeram uma visita técnica à lagoa na manhã desta terça-feira (28), para verificar os problemas e denúncias que são investigados pela comissão.
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A visita durou mais de duas horas e contou com a participação de vários vereadores, tantos de integrantes da Comissão, como da base de governo. O trabalho foi acompanhado por técnicos da Copasa e servidores da Prefeitura de Belo Horizonte.
A Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara Municipal pretende investigar possíveis irregularidades em contratos de empresas que promovem a limpeza da lagoa da Pampulha.
“Hoje fomos em diversos pontos importantes na parte oeste da lagoa, a parte que ficou mais abandonada pelo poder público. NOsso objetivo é colocar luz em encaminhamentos para recuperar o espelho d'água e fazer da lagoa o patrimônio mundial e recuperar o cartão postal de BH”, afirmou o vereador Bráulio Lara (Novo), relator da CPI.
“A estação trata o afluente do Ressaca e do Sarandi, porém ela é operacional apenas nos períodos de seca. É uma iniciativa importante para retirar os esgotos que chegam na lagoa”, continuou Lara.
O presidente da comissão, vereador Juliano Lopes (Agir), afirmou que os gastos da PBH nos serviços de limpeza da Pampulha têm se mostrado ineficazes e questionáveis.
“O que todos nós vimos é que a lagoa continua muito suja e fedendo muito. Nós queremos saber desses contratos que a prefeitura vem fazendo na lagoa, são quase R$ 200 milhões nos últimos cinco anos, e não tem resolvido o problema. O dinheiro do belo-horizontino está indo por ralo abaixo. Nós vamos fiscalizar esse contrato e exigir explicações”, afirmou Lopes.
Outro lado
Por meio de nota, a PBH informou que “todas as medidas adotadas em relação ao cuidado com o espelho d’água da Lagoa da Pampulha têm atingido resultados relevantes. Todos os indicadores de despoluição da lagoa evoluíram positivamente e a melhora só não é ainda mais expressiva porque há lançamento de esgoto e sedimentos provenientes de cursos d’água vindos principalmente do município de Contagem, ainda sem tratamento por parte da Copasa”.
“Algumas das críticas que vêm sendo veiculadas desconsideram a complexidade técnica do tema e confundem contratos diferentes, com valores, objetos e contratados distintos, possivelmente por não terem sido precedidas de detida análise de toda a documentação técnica e jurídica já encaminhada à CPI e aos demais órgãos de controle”, finaliza a PBH.