O governador Romeu Zema (Novo) comemorou o resultado fiscal de Minas Gerais no ano de 2022, com um superávit orçamentário de R$ 2,2 bilhões, mas afirmou que a grande dívida do estado (de cerca de R$ 140 bilhões) ainda é motivo de preocupação e exige atenção do governo estadual.
Ao lado da equipe econômica do governo de Minas, Zema apresentou nesta segunda-feira (30) os relatórios de Gestão Fiscal (RGF) e de Execução Orçamentária (RREO).
Os documentos apontam que Minas passou de um déficit de R$ 11 bilhões em 2021 para um superávit de R$ 2,2 bilhões no ano passado. Segundo o governo, o maior já registrado na série histórica.
“Nossa dívida, quando assumimos o estado, representava 190% da nossa receita corrente líquida. Em números redondos, depois de quatro anos, reduziu para 150%. Nós sabemos que temos estados, como nosso vizinho Espírito Santo, que não tem dívida praticamente nenhuma, então nosso desafio ainda é muito grande. Lembrando que essa dívida é algo como R$ 140 bilhões. Começamos a ter condição de estar fazendo com que esse endividamento monstruoso fique sob controle. No passado estava sem controle”, disse Zema.
“Podemos comemorar a melhoria, mas nosso resultado final ainda é muito grave. Por isso temos deixado investimentos de lado, as estradas precisam de muito mais. Tem sido sempre uma solicitação minha, mais recursos para a recuperação das estradas. Estamos melhorando. Precisamos manter essa disciplina”, disse o governador.
Zema afirmou ainda que as parcerias com o setor privado serão fundamentais para garantir investimentos nos próximos anos. “Muitos investimentos do setor privado estão acontecendo, o que vai significar mais emprego, mais movimentação econômica e mais recursos para os cofres públicos. Estamos no caminho certo, mas não é hora de comemorarmos. Uma hora vamos sair da tempestade e ver um céu de brigadeiro”, disse.