AGU entra com nova ação de bloqueio de bens de mais 40 pessoas envolvidas em atos golpistas

Alvos são bolsonaristas que tiveram prisão preventiva determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes

Ao todo, 92 pessoas tiveram pedidos de bloqueio de bens para custear danos ao patrimônio

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma nova ação cautelar pedindo o bloqueio de bens de mais 40 pessoas que já foram presas pelo envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Na primeira ação, apresentada no dia 11 e referendada pela Justiça Federal, os alvos foram 52 pessoas e sete empresas suspeitas de terem financiado os episódios, que culminaram na invasão e destruição de prédios públicos. Dentre eles, havia bolsonaristas que fizeram doação para a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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O objetivo das ações é garantir que os bens dos golpistas sejam utilizados para reparar os danos ao patrimônio público provocados pela destruição do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a AGU, estimativas dos órgãos dos três Poderes, até o momento, dão conta de que o prejuízo foi de R$ 18,5 milhões.

Ainda segundo a AGU, a nova ação se baseou na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva de 942 pessoas baseado nas provas que responsabilizam os detidos pelos atos de destruição praticados no dia 8 de janeiro.

O bloqueio de bens apresentado à Justiça Federal do Distrito Federal prevê a indisponibilidade de imóveis, veículos, valores em contas bancárias e outros bens dos suspeitos.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.

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