O advogado de defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), Alberto Toron disse que a
Ibaneis é alvo de uma operação feita pela Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República no âmbito de um inquérito em que ele é investigado por omissão no combate aos atos violentos realizados em Brasília, no dia 8 de janeiro. Além dele, o ex-número 2 da secretaria de segurança pública do DF, Fernando de Souza Oliveira, também é alvo da operação
Segundo Toron, a posição de Ibaneis Rocha é muito clara no episódio e que ele nunca foi conivente com os atos golpistas que se deram na ocasião.
“A posição dele é muito clara nesse episódio. Ele pediu para prestar depoimento há mais de uma semana e externou sua repulsa aos atos antidemocráticos e golpistas. Ele também foi um dos primeiros a reconhecer a vitória do presidente Lula e colaborar com o governo de transição. Ele não tem qualquer conivência com esse golpismo que queriam perpetrar no dia 8", afirmou.
De acordo com o STF, houve descaso e conivência por parte do Governo do Distrito Federal com a organização das manifestações.
O governador afastado do Distrito Federal prestou depoimento na semana passada, a pedido da própria defesa, com a intenção de esclarecer os fatos.
Toron disse, ainda, que durante o depoimento, Ibaneis alegou que houve “sabotagem” contra ele e que ele não tinha informações “que davam a entender que haveria o vandalismo e que quando ele tomou conhecimento tomou as providências que estavam ao seu alcance”.
“Se acompanharmos a evolução das investigações, vamos verificar que vimos policiais que se confraternizavam com os vândalos, que não deram combate e que, no início, havia um pequeno efetivo”, afirmou.
“Neste cenário, tem uma mão invisível que coordenou esse vandalismo e que passa ao largo do governador. Ele não era conivente e não se omitiu”, completou.