O senador eleito Rogério Marinho, candidato do PL à presidência do Senado, afirmou que o Brasil vive um momento de “desequilíbrio democrático” e que as competências do Congresso estão sendo invadidas por parte do Poder Judiciário.
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Em entrevista ao portal Poder 360, Marinho criticou os
“Em nome da democracia são cometidos atos excepcionais. É necessário restabelecer a normalidade democrática, a partir da inviolabilidade dos mandatos dos parlamentares. Eles precisam exercer seus mandatos na plenitude, como está previsto na Constituição. Parlamentares foram amordaçados, com censura prévia, algo expressamente proibido pela Constituição, pelo artigo 53. Está lá especificado”, diz Marinho.
O senador eleito afirmou considerar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), uma pessoa muito “educada e civilizada”, mas disse que o perfil do presidente do Legislativo exige também “pró-atividade em defesa do Congresso”.
“Os pares que tenho visitado, todos estão incomodados com a falta de protagonismo do Senado da República. No ano passado, 27 buscaram sua recondução, 20 não tiveram êxito. Só 5 se elegeram e dois se elegeram para outros postos, governador e vice-governador. A sociedade disse de forma efetiva que o Senado está em dissonância com o sentimento da sociedade brasileira. Precisamos restabelecer essa sintonia”, afirmou.
Marinho disse ainda que a candidatura de Pacheco está “alinhada com o presidente Lula e com o governo do PT”, o que gera “preocupação” em vários senadores. “Há uma necessidade de se defender um legado, não apenas do governo Bolsonaro, mas que começou a ser construído a partir do afastamento da presidente Dilma, em 2016”, disse Marinho, citando as reformas previdenciária e trabalhista e os marcos regulatórios aprovados nos últimos 5 anos.
Ex-ministro do governo Bolsonaro, Marinho criticou os atos antidemocráticos que levaram às invasões das sedes dos Três Poderes, mas afirmou que não podem ser admitidas as generalizações.
“Nós repudiamos veementemente o que aconteceu no dia 8 de janeiro, não é dessa forma que a oposição precisa ser feita no nosso país. Não é depredando, não é impedindo o direito de ir e vir, não é intimidando e não é invadindo os Poderes constituídos. Todos que tenham sido flagrados e identificados precisam ser exemplarmente punidos. Mas não podemos admitir a generalização, de classificar quase os 60 milhões de brasileiros como radicais e extremistas. Pessoas que pensam diferente desse governo têm direito de pensar diferente, têm o direito de fazer crítica, essa é a essência do processo democrático. Há uma tentativa de generalização e isso nós repudiamos”, disse Marinho.