O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), entregou nesta sexta-feira (13) uma representação criminal ao procurador-geral da República, Augusto Aras, pedindo que o Ministério Pública abra ações penais e faça o bloqueio de bens dos extremistas que invadiram o Congresso no último domingo (8).
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“Nós temos que evitar esse sentimento de impunidade e evitar que fatos assim voltem a se repetir”, afirmou Pacheco. No domingo, 44 pessoas foram presas em flagrante pela invasão do Senado.
Augusto Aras afirmou que designou o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos para liderar o “Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos”, que deve pedir ação penal, medidas cautelares ou a abertura de inquérito até a próxima semana.
“Nós temos um grupo formado para que, entre segunda e terça-feira, tenhamos, diante dos elementos colhidos, mover logo a ação penal juntamente com as ações cautelares. O grupo vai se dedicar no final de semana para dar uma resposta à sociedade brasileira, ao Estado brasileiro e ao Senado Federal”, disse Aras.
O documento apresentado por Pacheco foi elaborado pela Advocacia do Senado e calcula um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões com os danos causados pelos atos de vandalismo no Senado.
“Há uma preocupação que tenho para que não só a persecução possa impor uma condenação criminal e as cautelares de natureza penal, mas algo que me toca é a reparação dos danos causados no Senado. Fizemos um levantamento, ainda preliminar, do custo disso e temos um dano milionário. De quebra de vidro, a portas, tapetes, obras de artes, são danos concretos e muito efetivos de grande magnitude. Não é justo que o povo brasileiro pague pelos danos causados por uma minoria extremista”, disse o senador Rodrigo Pacheco.