O presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta sexta-feira (13), que parlamentares suspeitos de envolvimento nos atos de vandalismo ao Congresso Nacional no último domingo (8) responderão a processos no Conselho de Ética do Parlamento.
Pacheco afirmou, em entrevista à CBN, que se ficar minimamente comprovada a vinculação “material, intelectual ou até motivacional” de deputados e senadores com mandato ou eleitos, o Congresso tomará “providências”, referindo-se aos procedimentos no Conselho de Ética.
“Noticiados esses fatos e demonstrada, minimamente, a vinculação material, intelectual, ou até motivacional de parlamentares para a prática de atos antidemocráticos, e atos análogos a terrorismo, evidentemente que cabe às Casas Legislativas a tomada de providências”, salientou.
"É muito importante que, imediatamente, seja instalado o Conselho de Ética, que terá a atribuição regimental para poder apurar, investigar e eventualmente responsabilizar todo e qualquer parlamentar que tenha contribuído com esse tipo de ato. Obviamente, que eu não posso prejulgar e afirmar que houve, nesse instante, porque isso depende da demonstração no procedimento próprio. Mas, havendo, tenha certeza de que a responsabilização virá através da casa legislativa”, concluiu.
Presos em flagrante
Pacheco enviará hoje à Procuradoria-Geral da República (PGR) nomes de 44 pessoas que foram presas em flagrante pela Polícia Legislativa.
“Hoje mesmo, eu vou entregar ao procurador-geral da República uma série de representações contra pessoas que foram presas no Senado Federal e identificadas”, afirmou.
O objetivo das representações é cobrar dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro identificados a reparação dos danos ao prédio do Congresso. Levantamentos da Câmara e do Senado dão conta de que os prejuízos são da ordem de R$ 6,5 milhões até o momento.