A deputada federal eleita,
Em seu discurso, a ministra disse que o ministério passará a se chamar Meio Ambiente e Emergência Climática e que retomará algumas das estruturas que foram parar em outras pastas durante o governo Bolsonaro, como a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Serviço Florestal Nacional.
“De 2019 para cá, não foi apenas a transferência de funções do Meio Ambiente para outros órgãos. Constatamos um profundo processo de esvaziamento dos órgãos ambientais. O MMA perdeu o Serviço Florestal, a ANA, a área de políticas e promoção do Ibama e o ICMBio foram totalmente fragilizados e os servidores, perseguidos, demitidos, maltratados e desautorizados em plenas operações de fiscalização”, afirmou.
Marina também citou uma declaração do ex-ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, para criticar a condução da pasta durante seu comando.
“Boiadas se passaram onde deveriam passar apenas políticas de proteção ambiental”, afirmou.
A frase foi feita em alusão a uma fala de Salles, durante uma reunião de ministros em 22 de abril de 2020, em meio à pandemia de covid-19.
“Então pra isso precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas”, disse ele, na ocasião.
Ataques ao Meio Ambiente
A cerimônia de posse de Marina Silva foi uma das mais disputadas dentre os ministros indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes do início da cerimônia, convidados faziam fila do lado de fora do Palácio do Planalto. O discurso foi comemorado e bastante aplaudido por autoridades, políticos, membros da sociedade civil, ambientalistas e servidores públicos.
“Tenho um misto de sentimentos. Também sou tomada pela preocupação, estarrecimento e tristeza em ver que esse Palácio foi palco, nos últimos anos, de vários atos contra a própria democracia, o povo, a ciência, a saúde e meio ambiente, contra interesses estratégicos do Brasil, contra a propria vida. O que vivemos nesses anos que se passaram foi o completo desrespeito pelo patrimonio socioambiental brasileiro”, afirmou.