O vice-governador eleito Mateus Simões (Novo) afirmou que a equipe do governador Romeu Zema (Novo) tem mantido contato diário com a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir as reivindicações e projetos prioritários de Minas Gerais junto ao governo federal.
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Na lista citada por Simões estão as negociações do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e o acordo de repactuação de Mariana (que o governo federal participa junto ao governo de Minas com as mineradoras Vale, BHP e Samarco), além de quatro obras de infraestrutura: metrô de BH; BR-262, até Uberaba;
“Nós temos seis temas muito importantes nos quais Minas depende do governo federal. A repactuação financeira, nosso Regime de Recuperação Fiscal, que está na Assembleia de Mians e na Secretaria do Tesouro Nacional, temos convicção que o governo Lula não vai descumprir a lei e vai nos permitir aderir ao RRF. A segunda negociação prioritária é a repactuação de Mariana, que estamos por dois pontos só: a questão da pesca e a indenização do SUS. Foram meses de renegociação para consertar o acordo horroroso que tinha sido feito 7 anos atrás. E entramos nas obras de infraestrutura:
Em entrevista na manhã desta terça-feira (27), no programa Rádio Vivo, o vice-governador eleito afirmou que a concessão do metrô de BH (leiloada na semana passada) vai permitir destravar investimentos bilionários no modal. Apesar das críticas do PT ao projeto, Simões avaliou que o governo Lula defendeu o cumprimento de contratos e por isso não há risco de que a concessão seja derrubada na gestão petista.
“Com a construção da linha 2 estamos falando em duplicar a capacidade de escoamento da população de BH, de pessoas que vão ter opção de se locomover da região do Barreiro e do entorno até o centro”, disse Simões.
“O dinheiro para o metrô de BH está separado. Há uma preocupação de alguns atores de que o governo federal não assine o contrato no início do ano, mas historicamente o governo Lula é cumpridor de contratos. Ele mesmo chama atenção para isso, apesar de ser contra as privatizações, ele nunca descumpriu contratos. Tenho a expectativa que o próximo governo também seja assim, que o contrato seja assinado e nós vamos colocar nossos R$ 400 milhões”, afirmou o vice-governador eleito.
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Mateus Simões afirmou que a senadora Simone Tebet (MDB), indicada para ser a Ministra do Planejamento do governo Lula, sabe da importância das parcerias entre o setor privado e o setor público. “Tebet sabe que não é possível fazer grandes obras de infraestrutura sem o apoio do investimento privado”, diz Simões.
Ele ressaltou que as críticas de Lula às privatizações não impactam os planos do estado. “Se o governo Lula resolveu que não vai privatizar, isso é uma decisão deles, e nós tratamos esse tema como prioridade. A capitalização da Cemig, para que consiga fornecer energia de qualidade, porque tem gente esperando dois anos para conseguir ter uma ligação comercial de energia em Minas. Temos que tratar de Copasa, porque não é possível a falta de tratamento de água no interior.