Após uma batalha judicial, um pedido e um recuo sobre a suspensão do leilão para concessão do metrô de Belo Horizonte, o metrô de Belo Horizonte foi concedido à iniciativa privada. O Grupo Comporte venceu o certame com um lance de R$ 25 milhões e irá administrar o metrô pelos próximos 30 anos. O leilão foi realizado nesta quinta-feira (22), na B3, em São Paulo.
Com o resultado, que marcou o fim do primeiro mandato do governador Romeu Zema (Novo) à frente do Governo de Minas, figuras políticas e da sociedade civil elogiaram - e criticaram - o resultado do leilão.
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O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), disse ter acompanhado com muita atenção a conclusão do metrô de BH e disse esperar um transporte público de “melhor qualidade” para os cidadãos.
O senador Carlos Viana (PL) disse que o primeiro passo para a ampliação do metrô foi dado
“O próximo passo é garantir a assinatura do contrato no mÊs de março, mantidas todas as condições de financiamento e as exigências nos prazos para a confecção da linha 2. Apesar de termos demorado demais a resolver a questão do metrô, ainda é tempo. A população esperava, pelo menos, por esse passo promissor”, afirmou.
O secretário de Estado de Governo, Igor Eto (Novo), também comemorou o resultado do leilão, afirmando que o processo de expansão sairá do papel.
“Com os investimentos, o sistema vai beneficiar aproximadamente 270 mil passageiros diariamente, dos quais 50 mil devem utilizar a nova Linha 2", compartilhou em uma rede social.
Na Câmara de Belo Horizonte, a bancada do PSOL criticou o valor de R$ 25 milhões que será pago pelo Grupo Comporte.
A vereadora Bella Gonçalves, eleita deputada estadual disse que o preço da venda “de banana”.
A vereadora Iza Lourença, também do PSOL, reforçou a crítica. “Derrota para Minas Gerais”, afirmou.
O movimento Tarifa Zero também criticou o preço da concessão do metrô de Belo Horizonte.
O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, afirmou em entrevista coletiva na B3, em São Paulo, que o metrô é deficitário para o governo federal e que a União desembolsaria cerca de R$ 9 bilhões pelos próximos 30 anos somente para manter o metrô funcionando, sem ampliação. Em contrapartida, o governo federal e o Governo de Minas desembolsarão R$ 3,2 bilhões para modernizar a linha 1 e ampliar a linha 2.