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Vice de Zema defende diálogo com governo Lula e privatização do metrô; metroviários protestam

Segundo Mateus Simões (Novo), apesar das diferenças, haverá diálogo com o governo Lula

Mateus Simões foi eleito vice-governador na chapa de Romeu Zema

O vice-governador eleito de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo) afirmou, nesta segunda-feira (19), que aguarda a realização do leilão do metrô de Belo Horizonte, marcado para a próxima quinta-feira (22).

Simões é diplomado vice-governador em cerimônia realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) após ter sido eleito na chapa encabeçada pelo atual governador, Romeu Zema (Novo).

Segundo o ex-vereador de Belo Horizonte e futuro ex-secretário Geral do Governo de Minas (que permanecerá no cargo até 31 de dezembro), apesar das diferenças, haverá diálogo com o governo Lula.

"É claro que o PT representa uma diferença com relação ao que representamos em Minas Gerais, mas isso não dificultará em nenhum momento a relação com o governo Lula. Desde a homologação dos resultados da eleição, temos mantido diálogo com o governo Lula. Eu estive com o vice-presidente Alckmin, os secretários já foram diversas vezes a Brasília para garantir que Minas Gerais continue sendo tratado como prioridade. Temos divergências no campo político mas em nenhum momento isso vai afetar a administração”, afirmou.

Mateus Simões se mostrou otimista com a privatização do metrô da capital mineira, cujo leilão está marcado para daqui a três dias. Parlamentares do PT tentaram suspender, na Justiça, a realização do leilão, mas não obtiveram sucesso.

“Estamos insistindo e temos certeza que teremos a oportunidade de fazerem o leilão do metrô de Belo Horizonte. O governo de transição preferia adiar o processo? Sim, mas para o belo-horizontinos é importante que isso aconteça agora”, defendeu. “Isso impede o diálogo? Claro que não. O contrato vai ser assinado com o próximo governo, vai ser uma construção conjunta, tem dinheiro nosso para ser aportado e assim vai ser em cada um dos temas”, afirmou.

Protesto

Durante a entrevista coletiva concedida pelo futuro vice-governador, um grupo de metroviários protestava na porta da Sala Minas Gerais, no Barro Preto, onde é realizada a cerimônia de diplomação dos eleitos. Pedro Vieira, um dos diretores do sindicato chama a atenção para as demissões que poderão ser provocadas na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com a privatização.

“Se a privatização do metrô ocorrer, a passagem vai ter aumento anual e 1.600 funcionários serão demitidos. Nossa luta é em defesa do emprego e do transporte público com qualidade”, defendeu.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.