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Dino condena ‘grupos extremistas': ‘o que não foi feito, será feito a partir de 1º de janeiro’

Futuro ministro disse que bolsonaristas que participaram de atos violentos em Brasília estão sendo identificados e responderão à Justiça

Flávio Dino chamou de ‘grupos extremistas’ apoiadores de Bolsonaro que fizeram ataques em Brasília ontem

Futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA) garantiu que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília na noite desta segunda-feira (13) estão sendo identificados e que responderão na Justiça pelos atos de violência praticados ontem.

Veículos foram incendiados em diversos pontos da capital federal por bolsonaristas depois que a PF prendeu, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), um cacique indígena também apoiador de Bolsonaro.

Escalado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para articular uma “reconstrução” da Polícia Federal e de outras instituições subordinadas ao Ministério da Justiça, Dino disse, se referindo ao que chamou de um “grupo de extremistas”, que a partir do dia 1º de janeiro, “aquilo que não pode ser feito nesses 15 ou 20 dias, será feito”.

“Os grupos extremistas são cada vez menores e mais radicalizados, mas não terão força para vencer o povo. O que nos cabe fazer agora, está sendo feito. Mas no dia 1º de janeiro de 2023, aquilo que não pode ser feito nesses 15 ou 20 dias, será feito”, afirmou durante evento de encerramento do trabalho do grupo de transição, em Brasília.

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Dino disse, ainda, que os “manifestantes” envolvidos no atos violentos praticados em Brasília ontem poderão responder por crimes políticos, que serão julgados pela Justiça Federal.

“Nem eu, nem Lula, nem Alckmin, pediremos para a PF não cumprir o seu papel. Todas as pessoas estão sendo identificadas, os inquéritos cabíveis serão feitas. E, segundo a Constituição Federal, nos artigos 109 e 144, os crimes políticos são de competência federal. Nós vamos, a partir de 1º de janeiro, tomar as providências que não foram possíveis [durante a transição]”, completou o ex-governador do Maranhão e futuro ministro.

Em seguida, Dino disse que apesar dos atos violentos vistos em Brasília ontem, “vamos fazer a maior posse presidencial da história do Brasil”.

“Com música, cultura e com arte e não há o que temer. Teremos firmeza, mas também tranquilidade. Não só podemos como devemos festejar, porque o povo brasileiro merece. Teremos a garantia do sistema de segurança,, da Polícia Federal, planejamento, mas a principal garantia é sua excelência, o povo brasileiro”, completou.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.