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STF suspende ação que tenta derrubar direito a prisão especial para quem tem curso superior

Discussão de uma ação de 2015 foi suspensa por pedido de vistas do ministro Dias Toffoli

Dias Toffoli pediu adiamento do julgamento da ação até que ele apresente seu voto

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, pediu vistas do processo que analisa uma ação que questiona a prisão especial para quem tem curso superior. A decisão foi tomada neste sábado (19) e, com isso, o julgamento fica suspenso até que o ministro manifeste sua posição sobre o assunto.

Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Cármen Lúcia votaram para derrubar o direito de prisão especial, que prevê cela solitária para os detentos que tiverem diploma de curso superior.

A ação vem de 2015, quando o então procurado-Geral da República, Rodrigo Janot, apresentou uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) contra a lei. O PGR argumentou, na época, que o grau de escolaridade não tem a ver com a distinção da forma de prisão, de acordo com a Constituição Federal.

Em seu relatório, Moraes afirmou que o benefício é inconstitucional e fere o princípio da isonomia. Para o ministro, é “inaceitável” supor que pessoas sem um diploma de curso superior não sejam “pessoas dignas de tratamento especial por parte do Estado, no caso, de uma prisão especial” e que o direito vai de encontro à Consituição, que prega a construção de uma soceidade justa e capaz de reduzir as desigualdades sociais.

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