A presidente do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), desembargadora Mônica Sifuentes, afirmou que a nova corte tem como principal missão conciliar os anseios por uma Justiça mais rápida com um atendimento mais humano para a população.
Em discurso na noite deste sexta-feira (19), após ser eleita presidente do novo tribunal, Sifuentes destacou a importância simbólica de uma mulher assumir o comando do TRF-6 e prometeu um novo modelo de gestão para o tribunal.
“Um tribunal do qual se espera nada menos do que vanguarda e inovação. De fato, as críticas, ainda que infundadas, que se fizeram quando da concepção deste tribunal, traz em contrapartida mais do que uma grande responsabilidade, mas um dever. Um dever de construir algo realmente novo. Um novo modelo de gestão judiciária que possa se adequar a novas demandas e tecnologias do século 21. Um tribunal que possa dar respostas mais rápidas, em uma sociedade cada vez mais líquida, volátil e apressada”, afirmou a magistrada.
A desembargadora afirmou que o maior desafio do Judiciário na atualidade é trilhar um caminho equilibrado entre a atenção aos que procuram Justiça em um mundo cada vez mais virtual e com demandas urgentes.
“O mundo pós pandemia é um mundo diferente de tudo que nós já vivemos. É fato que toda essa inovação trouxe maior agilidade aos processos e menores custos da administração pública. Mas não se pode ignorar que nunca houve tantos atestados médicos de servidores e juízes com problemas psicológicos, emocionais e doenças psicossomáticas. Nunca o setor de psicologia dos tribunais atendeu tantos pacientes. Prova de que a humanidade que existe em nós se ressente do contato humano e que os valores caros a nossa alma, como o convívio familiar, com os amigos e com os colegas de trabalho permanecem como anseio não suprido pelos encontros virtuais”, disse Mônica Sifuentes.
