Peixes domésticos são animais capazes de viver vários anos se receberem os cuidados adequados. Mas a dúvida sobre quanto tempo vivem e como identificar sua idade é comum entre tutores, principalmente porque esses fatores variam bastante entre as espécies e o ambiente em que estão inseridos.
De acordo com a American Veterinary Medical Association (AVMA), a expectativa de vida dos peixes depende de elementos como a qualidade da água, a dieta, o espaço do aquário e o manejo diário.
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“A longevidade de um peixe está diretamente ligada ao cuidado do tutor, já que pequenas falhas no ambiente podem reduzir drasticamente seu tempo de vida”, alerta a entidade em guia sobre bem-estar aquático.
Enquanto alguns peixes vivem poucos anos, outros podem acompanhar seus tutores por décadas. Espécies comuns em aquários domésticos apresentam grande variação:
os betta splendens, conhecidos pela beleza das nadadeiras, vivem em média dois a cinco anos; os goldfish podem ultrapassar 10 anos e, em condições ideais, chegar a 20; já peixes maiores, como o koi, alcançam de 25 a 30 anos, havendo registros de exemplares centenários em lagos bem cuidados, segundo a National Koi Show Association.
Essa diferença evidencia a importância do manejo adequado. Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), é fundamental manter parâmetros de qualidade da água estáveis, oferecer alimentação balanceada e respeitar a capacidade do aquário.
“A maioria dos problemas de saúde em peixes ornamentais é consequência de desequilíbrios ambientais. O controle preventivo é a chave para a longevidade”, explica o órgão em nota técnica sobre animais aquáticos.
Como saber a idade de um peixe doméstico
Ao contrário de cães e gatos, não há um método exato para calcular a idade dos peixes domésticos. Na maioria dos casos, tutores só têm certeza quando adquirem o animal ainda jovem. No entanto, especialistas apontam algumas pistas que podem ajudar a estimar a idade:
- O tamanho corporal, já que espécies como goldfish e koi continuam crescendo ao longo dos anos;
- A intensidade da coloração, que tende a perder vivacidade com o avanço da idade;
- O comportamento, pois peixes mais velhos costumam ser menos ativos e mais seletivos na alimentação;
- A transparência e desgaste das nadadeiras, que podem indicar envelhecimento.
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, destacam que, em contextos científicos, a idade pode ser determinada pelo exame dos otólitos, como estruturas calcificadas no ouvido interno dos peixes, semelhantes a anéis de crescimento em árvores.
Mas esse método não é aplicável a animais de estimação, já que exige análise laboratorial após a morte.
Embora não seja possível determinar com precisão a idade de um peixe já adulto, oferecer condições adequadas desde o início garante mais qualidade de vida e aumenta as chances de longevidade.
Cada espécie guarda sua própria expectativa de vida, mas o que realmente define a duração da vida desses animais é o cuidado contínuo do tutor.