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Especialista revela como engajar trabalhadores nas campanhas de vacinação

Luciana Soares Souza, coordenadora do Núcleo de Imunização do SESI-MG, explica a importância do modelo dos ‘5 Cs’ para melhorar a adesão às campanhas de vacinação

Hesitação vacinal refere-se ao atraso ou à recusa em aceitar vacinas

“Para que a comunicação de uma campanha de vacinação seja bem-sucedida, é fundamental que se alcance seu objetivo principal: estimular a adesão num cenário em que, cada vez mais, assistimos às quedas nas coberturas vacinais.” Foi com essas palavras que a engenheira de produção Luciana Soares Souza, especialista em imunização, reforçou a urgência das indústrias em agir contra a baixa procura por vacinas.

Em entrevista à Itatiaia, a coordenadora do Núcleo de Imunização do SESI-MG explicou que a chave para o sucesso está na comunicação. Ela sugere que as empresas adotem o modelo dos ‘5 Cs’ para criar campanhas mais eficientes. Segundo a engenheira, essa estratégia ajuda a entender por que as pessoas atrasam ou recusam a vacinação, mesmo quando o serviço está disponível, um fenômeno conhecido como hesitação vacinal.

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O que são os 5 Cs, segundo Luciana Soares Souza

A engenheira detalhou cada um dos cinco pontos que podem direcionar uma campanha de vacinação na empresa.

1. Confiança

Luciana ressalta que é preciso fortalecer a confiança. A linguagem deve ser clara e objetiva para o trabalhador, “reforçando a segurança, a eficácia e a importância da imunização”.

2. Complacência

"É preciso combater a complacência”, afirma Luciana, explicando que isso significa esclarecer dúvidas e mostrar que o risco de ficar doente é real, mesmo que a pessoa não veja a doença como uma ameaça grave.

3. Conveniência

A especialista destaca que a campanha precisa ser prática. Ela defende que é essencial “promover a conveniência ao divulgar informações práticas sobre horários e locais, facilitando o acesso” à vacinação.

4. Contexto

Para Luciana, a empresa deve adaptar a mensagem ao seu público. "É preciso considerar o contexto dos colaboradores, como cultura organizacional, perfil sociodemográfico, experiências anteriores e ambiente externo”, para que a campanha se torne mais relevante.

5. Comunicação

A engenheira defende uma comunicação empática, que “combata a desinformação e estimule o diálogo”. O objetivo é que a mensagem seja baseada em fatos e chegue da melhor forma ao trabalhador.

Ao seguir essas dicas, as empresas podem proteger a saúde de seus funcionários e, ao mesmo tempo, evitar os prejuízos causados por faltas e afastamentos. O método dos “5 Cs” se mostra como uma ferramenta prática e eficaz para o empresário que busca manter a produção em dia e um ambiente de trabalho mais seguro para todos.

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Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.