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Liderança que cuida da saúde dos funcionários faz empresa crescer mais

Marcela Sousa Nascimento, consultora médica do Sesi na área de Segurança e Saúde para a Indústria, explica como líderes podem ser a chave para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo

Líderes devem ser incentivadores da participação dos empregados nos programas de saúde

O sucesso de uma empresa não depende apenas de máquinas modernas ou vendas em alta. Segundo especialistas, o papel do chefe em cuidar da saúde dos seus funcionários é fundamental para o crescimento do negócio. A consultora médica do Sesi, Marcela Sousa Nascimento, detalhou em entrevista à Itatiaia como a liderança pode fazer toda a diferença na saúde e produtividade da equipe.

Liderança tem que dar o exemplo

Para a especialista, o primeiro passo para uma liderança eficaz na área da saúde é o próprio chefe mostrar que se preocupa com o bem-estar. Isso significa que ele deve ser o primeiro a adotar hábitos saudáveis e incentivar sua equipe a participar dos programas de saúde que a empresa oferece.

“A liderança tem papel fundamental na promoção da saúde. Além de poderem ser exemplo de comportamento saudável, os líderes devem ser incentivadores da participação dos empregados nos programas de saúde, criando um ambiente de empatia e confiança”, afirma Marcela.

A consultora explica que quando o chefe participa ativamente das ações de saúde, os funcionários se sentem mais motivados a cuidar de si mesmos. Isso cria um ciclo positivo que beneficia toda a empresa.

Ambiente de confiança reduz problemas de saúde mental

Um dos pontos mais importantes destacados pela especialista é a necessidade de criar um ambiente onde os trabalhadores se sintam à vontade para falar sobre seus problemas de saúde, principalmente os relacionados ao estresse e à saúde mental.

Segundo Marcela, muitos funcionários sofrem em silêncio por medo de serem julgados ou até mesmo demitidos. O papel da liderança é quebrar esse tabu e mostrar que a empresa se preocupa com o bem-estar completo do trabalhador.

“Também são importantes para reduzir estigmas, principalmente relacionados à saúde mental, e para garantir que práticas de gestão não sejam fatores de risco, como sobrecargas ou metas inalcançáveis”, destaca a consultora do Sesi.

Metas impossíveis adoecem o trabalhador

A especialista alerta que uma liderança que não se preocupa com a saúde pode acabar criando mais problemas do que soluções. Chefes que estabelecem metas impossíveis de alcançar ou sobrecarregam seus funcionários com excesso de trabalho estão, na verdade, prejudicando a saúde da equipe.

Esse tipo de gestão pode gerar estresse, ansiedade, problemas de pressão alta e até mesmo depressão entre os trabalhadores. No final das contas, isso prejudica a produtividade e pode gerar mais gastos para a empresa com afastamentos e tratamentos médicos.

Liderança deve apoiar a área de saúde ocupacional

Marcela também destaca que o chefe tem um papel importante em apoiar o trabalho dos profissionais de saúde ocupacional da empresa. É a liderança que garante que as leis sejam cumpridas e que os recursos sejam bem utilizados para cuidar da saúde dos funcionários.

“A liderança ainda é essencial para apoiar e legitimar o trabalho da saúde ocupacional, garantindo o cumprimento das obrigações legais, otimizando recursos e ajudando a transformar diagnósticos técnicos em ações efetivas dentro da organização”, explica a consultora.

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Como começar a cuidar da saúde na empresa

Para empresas que querem começar a investir na saúde dos funcionários, a especialista sugere a criação de programas bem estruturados. Isso inclui incentivar atividades físicas, promover alimentação saudável, organizar campanhas de vacinação e dar atenção especial para doenças crônicas como diabetes e pressão alta.

Além disso, políticas internas como flexibilidade de horário, móveis e equipamentos adequados para evitar lesões, e canais abertos para que o funcionário possa ser ouvido são medidas que fazem a diferença no dia a dia.

“O empregador pode iniciar a promoção da saúde dos colaboradores implantando programas estruturados de promoção e prevenção da saúde, por exemplo com as temáticas relacionadas a atividade física, alimentação saudável, vacinação, doenças crônicas”, afirma Marcela.

A consultora reforça que quando a liderança se envolve ativamente nessas ações, os resultados aparecem mais rapidamente, beneficiando tanto os trabalhadores quanto a empresa como um todo.

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Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.