A circulação de informações falsas sobre vacinas não é um fenômeno restrito ao ambiente digital. Pesquisas mostram que boatos e mitos também alcançam espaços de convivência, como o ambiente de trabalho, tornando as empresas parte importante no enfrentamento à desinformação.
Estudos publicados em revistas científicas e guias elaborados por organismos internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que estratégias de comunicação claras e acessíveis são fundamentais. A recomendação é que empregadores adotem políticas de informação interna e externa que ofereçam dados confiáveis sobre imunização, evitando espaço para rumores.
Práticas recomendadas
Entre as medidas sugeridas está a antecipação de boatos, conhecida como prebunking. Essa prática consiste em esclarecer, de forma preventiva, mitos recorrentes sobre vacinas, como a falsa relação com o autismo ou a ideia de que a imunidade natural seria mais eficaz. A OPAS destaca que desmentir antes da propagação ajuda a reduzir o alcance da desinformação.
Outro ponto é a verificação de fatos. Iniciativas que incluem rótulos de checagem em mensagens compartilhadas nas redes sociais demonstraram impacto positivo, de acordo com pesquisa da Universidade da Califórnia.
Para empresas, isso pode se traduzir em parcerias com plataformas de fact-checking ou em campanhas internas que esclareçam dúvidas com base em fontes oficiais.
Organizações também são orientadas a envolver profissionais de saúde em suas ações de comunicação. Ao associar conteúdos a especialistas reconhecidos, há maior chance de credibilidade e adesão. Nesse contexto, líderes corporativos podem atuar como multiplicadores de informações confiáveis, apoiando a disseminação de mensagens alinhadas às evidências científicas.
Especialistas também reforçam a importância da literacia midiática. Oferecer treinamentos para que colaboradores identifiquem conteúdos falsos, compreendam o funcionamento dos algoritmos das redes e saibam distinguir fontes confiáveis é visto como passo essencial.
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