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Dólar cai com alívio da tensão entre Estados Unidos e China; bolsa sobe

Após fechar a semana passada em alta, moeda americana voltou a desvalorizar com recuo de Trump nas ameaças contra a China

Moeda teve uma queda de quase 1% e voltou para menos de R$ 5,50

O dólar fechou a segunda-feira (13) com uma queda de 0,8%, cotado a R$ 5,46, com investidores repercutindo o alívio de tensão entre os Estados Unidos e a China, após um final de semana de ameaças na guerra comercial entre as duas potências. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, também se recuperou com uma valorização de 0,78% a 141,783.36 pontos.

Na sexta-feira (10), o mercado financeiro global passou por uma grande variação com o presidente Donald Trump ameaçando taxar em 100% os produtos importados da China. Em uma publicação na sua rede social, a Truth Social, o republicano reclamou do controle de Pequim sobre as exportações de terras raras, um grupo de minerais críticos para a indústria, e outros produtos.

No domingo (12), o Ministério do Comércio da China rebateu as alegações de Trump e afirmou que não teria medo de retaliar um novo tarifaço. A pasta também afirma que o país controla as exportações de uma lista de 900 itens, enquanto os Estados Unidos possuem restrições sobre mais de 3 mil produtos.

Logo na sequência, Trump abaixou o tom das críticas a Pequim e disse que seu objetivo é ajudar os chineses. “Não se preocupem com a China, vai ficar tudo bem! O altamente respeitado presidente Xi apenas teve um momento ruim. Ele não quer uma depressão para o seu país, e eu também não quero. Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la”, escreveu.

Segundo o analista de inteligência de mercado da StoneX, Leonel Mattos, o pregão desta segunda-feira foi exatamente o oposto do movimento de sexta-feira. “A recuperação do apetite global por riscos por investidores beneficiou o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de economias emergentes, como o real”, afirmou.

Também nesta segunda-feira, o secretário de Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que a sobretaxa de 100% contra os produtos importados da China não precisa ser efetivada. “Houve uma desescalada significativa da situação. O presidente Trump disse que as tarifas não entrarão em vigor até 1º de novembro. Ele se reunirá com o presidente do partido, Xi, na Coreia do Sul. Acredito que essa reunião ainda será realizada”, afirmou.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.