O dólar fechou a sexta-feira (10) no seu maior patamar desde agosto, com uma disparada de 2,64%, a R$ 5,51. O resultado levou o
Nas últimas semanas, o dólar comercial apresentava uma flutuação grande entre R$ 5,30 e R$ 5,36. No dia 23 de setembro, a moeda chegou em R$ 5,28 com o sinal de aproximação entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevando os ânimos dos investidores com perspectiva de solução do tarifaço.
A última vez que o câmbio esteve acima de R$ 5,50 foi no dia 19 de agosto, quando também houve uma disparada da moeda de 1,24%. Dessa vez, o que preocupa o mercado é a derrubada da Medida Provisória (MP) alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), aposta do governo para encerrar o ano com o orçamento balanceado.
Sem a votação no congresso, o mercado aumento a percepção de risco fiscal do país, na medida em que o presidente Lula também anuncia novos programas que podem expandir os gastos
“No âmbito local, o real começou o dia pressionado por incertezas fiscais, na esteira da não aprovação da MP alternativa ao IOF, o que pressiona a meta fiscal de 2026, que é de superavit de 0,25% do PIB. Além disso, o anúncio da
Riscos externos com EUA e China
O especialista também cita os riscos externos, com as ameaças de Donald Trump em aumentar de
Segundo o especialista, o imbróglio com a China causa um movimento de desvalorização de commodities, afetando as moedas mais sensíveis à exportação desses itens, como o mercado brasileiro. “Com isso, vimos um movimento de risk-off generalizado na economia global, que levou a um movimento de desvalorização do dólar frente às principais moedas, favorecendo euro, iene e metais preciosos”, afirmou.
O cenário externo também causou a queda no Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira. O indicador fechou em queda de 0,73% aos 140.680 pontos, encerrando a semana com um recuo de 2,44%.