Premiê australiano anuncia plano de recompra de armas e convoca homenagem após atentado

Albanese pediu aos australianos que acendam velas às 18h47 de domingo (21), no mesmo horário do ataque, uma semana depois

12 pessoas morreram em ataque terrorista em praia de Sydney, na Austrália

Neste domingo (22), a Austrália terá um “dia de reflexão” uma semana após um atentado na praia de Bondi, em Sydney, que deixou 16 pessoas mortas. Além disso, o governo implementará um plano de recompra de armas, conforme um anúncio do primeiro-ministro Anthony Albanese nesta sexta-feira (20).

Albanese pediu aos australianos que acendam velas às 18h47 de domingo (21), no mesmo horário do ataque, uma semana depois.

"É um momento para fazer uma pausa, refletir e afirmar que o ódio e a violência nunca definirão quem somos como australianos”, assegurou.

Leis endurecidas e recompra de armas

O premiê prometeu endurecer as leis que permitiam que Sajid Akram, um dos atiradores, tivesse seis armas de cano longo.

“Há algo que não funciona nas leis de concessão de licenças quando este sujeito pode ter seis fuzis de alta potência”, afirmou.

Ele anunciou, ainda, um plano nacional de recompra de armas para reduzir os arsenais privados de armas de fogo, tanto recém-proibidas, quanto ilegais.

Essa foi a maior iniciativa de recuperação de armamento desde 1996 na Austrália. Naquela época, o país adotou medidas drásticas contra as armas após um ataque que matou 35 pessoas em Port Arthur.

“Os horríveis acontecimentos de Bondi mostram que precisamos retirar mais armas de nossas ruas”, justificou.

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O ataque

Pai e filho abriram fogo contra o público durante uma celebração judaica na praia de Bondi, em Sydney, matando ao menos 16 pessoas e ferindo 40.

O atentado ocorreu às 18h37 do horário local, sendo 4h37 em Brasília. A polícia afirmou que eles visaram deliberadamente a comunidade judaica.

Os autores são: Sajid Akram, de 50 anos, e Naveed Akram, de 24. Sajid morreu no dia do ataque, enquanto Naveed sobreviveu e foi acusado de 59 crimes. O ataque foi motivado por ideologias do Estado Islâmico, apontou a polícia.

Cerca de mil pessoas estavam reunidas no local em comemoração ao Hanukkah. O evento havia começado menos de 2 horas antes do ataque iniciar. O tiroteio foi classificado como um incidente terrorista.
Uma menina de 12 anos e um rabino estão entre as vítimas, informou o co-diretor executivo do Conselho Executivo da Comunidade Judaica Australiana, Alexander Ryvchin, à CNN.

Um civil que tentou desarmar os atiradores acabou sendo baleado por engano pela polícia. Outro também foi baleado na mão e no braço ao desarmar um dos autores.

*Com AFP

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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