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Paz em Gaza? Hamas confirma cessar-fogo, mas Israel ainda vota sobre acordo; entenda

Mais de 67 mil pessoas morreram desde o início da guerra em Gaza e outras 169 mil ficaram feridas

A proposta de cessar-fogo em Gaza foi aprovada pelo Conselho de Segurança de Israel, nesta quarta-feira (9), mas ainda deve receber o aval do governo israelense

A proposta de cessar-fogo em Gaza foi aprovada pelo Conselho de Segurança de Israel, nesta quinta-feira (9), mas ainda deve receber o aval do governo israelense. Depois que o país aprovar o acordo, as definições ainda terão 24 horas para entrarem em vigor.

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A reunião do Conselho de Segurança começou com 90 minutos de atraso, segundo o Al-Jazeera. O jornal aponta que questões relacionadas à libertação de prisioneiros palestinos são um problema para alguns membros do gabinete.

Após aprovação do Conselho de Segurança de Israel, o ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, criticou a libertação de prisioneiros palestinos. De acordo com ele, esse seria um “preço insuportável” a ser pago para o acordo de cessar-fogo em Gaza.

O chefe da pasta disse ainda que não faria parte de nenhum governo que permita que o Hamas continuasse a governar Gaza.

“Se o governo do Hamas não for desmantelado, ou se eles apenas nos disserem que ele foi desmantelado, enquanto ele continue a existir sob um disfarce diferente — Otzma Yehudit (partido do ministro) vai desmantelar o governo”, afirmou na rede social X, atingo Twitter.

Garantias de cessar-fogo

O chefe da equipe de negociação do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou que o grupo recebeu garantias dos Estados Unidos e de mediadores de que um acordo sobre a a primeira fase de um cessar-fogo significa a guerra em Gaza “encerrou definitivamente”.

De acordo com Khalil, a parte inicial do acordo prevê a troca de prisioneiros e a retirada de Israel de partes de Gaza. Apesar disso, ainda persistem dúvidas sobre algumas partes do acordo, de acordo com o Al Jazeera, com discórdias justamente relacionadas a quais prisioneiros palestinos serão liberado na fase inicial.

Mais de 67 mil pessoas morreram desde o início da guerra em Gaza e outras 169 mil ficaram feridas. A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel e matou um total de 1.139 pessoas. Outras 200 foram feitas reféns.

(Sob supervisão de Edu Oliveira)

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas