Novo balanço aponta 160 mortos devido a incêndio em Hong Kong

Exames forenses apontaram que um conjunto de restos mortais encontrados no prédio pertencia a duas pessoas

Incêndio em Hong Kong deixou 13 mortos

Um novo balanço divulgado nesta terça-feira (9) pelas autoridades de Hong Kong apontou que o número de mortos devido a um incêndio em um complexo residencial em Tai Po deixou 160 mortos no total.

O último balanço foi divulgado na semana passada e apontava 159 mortes, após uma inspeção em todas as torres afetadas no complexo residencial.

Exames forenses apontaram que um conjunto de restos mortais encontrados no prédio pertencia a duas pessoas, contabilizando 160 mortos. Seis pessoas seguem desaparecidas.

Dos 160 mortos, 120 foram identificadas por meio de testes de DNA e impressões digitais.

Um comitê especial investiga as causas do incêndio e, até o momento, 15 pessoas foram presas por suspeita de homicídio culposo. Doze enfrentam acusações de corrupção.

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O incêndio

O complexo Wang Fuk Court tem oito torres e mais de dois mil apartamentos, e sete foram afetados pelo incêndio. Os edifícios Hung Cheong Court e Hung Tai Court foram os que mais registraram mortes, uma vez que foram os mais atingidos.

O incêndio começou na tarde do dia 26 de novembro em Hong Kong, sendo madrugada no Brasil. O prédio passava por reformas antes de pegar fogo.

Segundo testes preliminares divulgados pelo HK01, os edifícios do complexo atendiam aos requisitos de resistência ao fogo. Porém, painéis de isopor que circundavam as janelas e portas do prédio eram extremamente inflamáveis.

A alta temperatura fez com que os andaimes de bambu pegassem fogo, incendiando outras seções da rede, o que dificultou o combate às chamas e acelerou a propagação.

As chamas também causaram desabamento de andaimes superiores, bloqueando saídas de emergência e entradas do prédio.

As imagens são impressionantes. Fotos e vídeos mostram o prédio totalmente destruído pelas chamas.

Esse é o incêndio mais grave já registrado em Hong Kong em 29 anos. Em 1996, 41 pessoas morreram em um edifício comercial em Kowloon. Na época, autoridades concluíram que as chamas começaram durante um trabalho de soldagem realizado em uma reforma.

Moradores relataram à AFP que não ouviram nenhum alarme de incêndio e avisaram uns aos outros sobre as chamas. “Tocar a campainha, bater nas portas, alertar os vizinhos, dizer que deveriam sair... foi assim que aconteceu [...] O fogo se propagou muito rapidamente”, relatou um morador.

*Com AFP

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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