A mãe de um refém israelense, cativo na Faixa de Gaza pelo Hamas, ameaçou o primeiro-ministro
Benjamin Netanyahu de processá-lo na Justiça por “assassinato”, caso o filho não retorne vivo.
A declaração foi feita neste sábado (30) por Einav Matan Zangauker. Ela tem se destacado no Fórum das Famílias de Reféns, em Tel Aviv, e participado de diversas
manifestações para por fim à guerra de Israel.
“Netanyahu, se meu Matan voltar em um caixão (...), cuidarei pessoalmente para que o senhor seja acusado de assassinato”, declarou Einav Zangauker.
O filho de Einav, Matan Zangauker, foi sequestrado em
7 de outubro de 2023 junto a mais de 200 pessoas durante o ataque do movimento islamista Hamas no sul de Israel, que desencadeou a
guerra em Gaza e que perdura até hoje.
“Se Netanyahu escolher ocupar a Faixa de Gaza em vez de aceitar o acordo [de trégua] atualmente proposto, isso significa executar nossos reféns e queridos soldados”, disse a mãe à imprensa em frente ao Ministério da Defesa de Israel.
Reféns israelenses
O número de
prostestos e manifestações em Tel Aviv tem aumentado junto as pressões internacionais para o fim da guerra em Gaza. Muitos familiares de reféns cativos em Gaza exigem que o governo israelense prossiga na ofensiva e os liberte.
O ataque do Hamas em outubro de 2023 causou a morte de 1.219 pessoas, em sua maioria civis, e 251 pessoas foram sequestradas.
Dos 47 reféns que permanecem cativos na Faixa de Gaza, estima-se que cerca de vinte ainda estejam vivos, informa a AFP.
Hamas aceitou a libertação dos reféns
O Hamas anunciou recentemente que
aceitou uma proposta dos mediadores de uma trégua de 60 dias e a libertação dos reféns, que seria feita em duas etapas. No entanto, Israel ainda não respondeu oficialmente a proposta.
Por outro lado,
governo de Netanyahu deu ordem ao Exército para se preparar para uma ofensiva maior na Cidade de Gaza com o objetivo de aniquilar o Hamas e trazer de volta os reféns.
Em Gaza, a ofensiva israelense
já matou 63.371 pessoas, em sua maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do território palestino, considerados confiáveis pela ONU.