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Netanyahu classifica como ‘acidente’ o assassinato de outros cinco jornalistas em Gaza

Colaboradores da Reuters, da Associated Press e da Al Jazeera foram mortos no ataque, informaram os três veículos de imprensa

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou como um “acidente trágico” o ataque desta segunda-feira (25) que matou 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas, em um hospital na Faixa de Gaza.

“Israel lamenta profundamente o trágico acidente ocorrido hoje no Hospital Nasser, em Gaza”, disse o premiê em um comunicado divulgado por seu gabinete. Testemunhas relataram que dois mísseis atingiram o local após a chegada de jornalistas e equipes de resgate.

No comunidado, Netanhyahu acrescentou: “Israel valoriza o trabalho de jornalistas, profissionais de saúde e todos os civis”. Colaboradores da Reuters, da Associated Press e da Al Jazeera foram mortos no ataque, informaram os três veículos de imprensa.

Repercussão

A ONU reiterou, nesta segunda-feira (25), que jornalistas e hospitais jamais devem ser alvos militares.

“O assassinato de jornalistas em Gaza deve chocar o mundo, não para que permaneçamos aterrorizados em silêncio, mas para que tomemos medidas, exigindo responsabilização e justiça”, disse Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

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Outros casos

No início do mês de agosto, a emissora Al Jazeera informou que dois correspondentes e três cinegrafistas foram mortos após um bombardeio israelense em Gaza. O exército israelense alegou que se tratavam de “terroristas”.

A rede de televisão, com sede no Catar, relatou que o ataque foi sobre sua tenda na Cidade de Gaza. O diretor do hospital Al Shifa na Cidade de Gaza teria confirmado o bombardeio.

A FPA (Associação de Imprensa Estrangeira) chamou de “assassinato seletivo” a morte de jornalistas palestinos pelo Exército israelense na Cidade de Gaza. O chefe da ONU e primeiro-ministro do Catar também criticaram o ataque.

Segundo a associação, Israel difamou a imprensa estrangeira e teria impedido jornalistas de outros lugares do mundo de entrar em Gaza por conta própria. O país confirmou o ataque, alegando que Al Sharif, uma das vítimas, era um “terrorista disfarçado”.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo