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Após conflitos que deixaram quase 40 mortos, Tailândia e Camboja chegam em acordo de cessar-fogo

Primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, mediou as conversas

O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim (centro), o primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet (esq.), e o primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai (dir.), posam para fotos enquanto apertam as mãos após uma coletiva de imprensa após as negociações sobre um possível cessar-fogo entre Tailândia e Camboja, em Putrajaya, em 28 de julho de 2025.

Líderes do Camboja e da Tailândia entraram em acordo por um cessar-fogo ‘incondicional’ nesta segunda-feira (28), após cinco dias de confrontos na fronteira entre os dois países. O conflito deixou 26 mortos, e dezenas de pessoas tiveram que deixar suas casas.

Os dois países disputam a fronteira há décadas, mas desde 2011 confrontos dessa magnitude não eram registrados, segundo a Agence France Presse (AFP).

Eles concordaram com um ‘cessar-fogo imediato e incondicional que entrará em vigor a partir das 00h locais, à meia-noite de 28 de julho de 2025, esta noite’, anunciou o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, que mediou as conversas.

“Este é um primeiro passo fundamental para a desescalada e o restabelecimento da paz e da segurança”, disse, ao lado de Phumtham Wechayachai e Hun Manet, primeiros-ministros de Tailândia e Camboja, respectivamente.

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Durante uma coletiva de imprensa em Samraong, a 20km da fronteira no noroeste do Camboja, jornalistas ouviram disparos de artilharia.

Bangcoc e Phnom Penh acusaram um ao outro de ter iniciado os conflitos, mas também negaram e se questionaram antes das negociações.

O premiê da Tailândia agradeceu a Malásia, a China e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por intervierem no conflito.

“Concordamos com um cessar-fogo que, esperamos, será cumprido de boa fé por ambas as partes”, declarou o premiê.

O primeiro-ministro cambojano considerou que “as soluções que o primeiro-ministro Anwar acaba de anunciar estabelecerão as bases para avançar nas negociações bilaterais e retornar à normalidade em nossas relações”.

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.