O governo da Tailândia afirmou, nesta sexta-feira (25), ter retirado mais de 100 mil civis de áreas fronteiriças com o Camboja, devido a escalada de tensão e recentes confontos militares. Até o momento,
Na quinta-feira (24), a disputa territorial entre os dois países, que perdura por décadas, resultou em novas hostilidades intensas, com aviões de combate, artilharia, tanques e infantaria, o que preocupou a comunidade internacional.
Segundo o Exército tailandês, os combates de quinta-feira (24) ocorreram em seis pontos distintos, incluindo dois antigos templos. Os países compartilham 800km de fronteira.
Após a escalada, o Ministério do Interior da Tailândia declarou que 100.672 pessoas das quatro províncias fronteiriças com o Camboja tinham sido levadas para cerca de 300 refúgios temporários.
Preocupação Internacional
A pedido do primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, o Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta sexta (25), de forma urgente e a portas fechadas, para abordar o conflito, afirmou a AFP.
A China, que mantém boas relações com os dois países, expressou ‘profunda preocupação’ com os confrontos e pediu para que eles ‘resolvam a questão adequadamente por meio do diálogo e da consulta’.
Os Estados Unidos e a França pediram o fim imediato das hostilidades, enquanto a União Europeia demonstrou grande preocupação com os confrontos e defenderam o diálogo.
Entenda o Conflito
Os dezenas de quilômetros da fronteira compartilhada, marcada por antigos templos, continuam em disputa. Entre 2008 e 2011, confrontos entre ambos deixaram 28 mortos e dezenas de milhares de deslocados.
Uma decisão a favor do Camboja pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) da ONU resolveu essa crise durante uma década, mas a tensão voltou à tona em maio com a morte de um soldado cambojano em um novo confronto.
Segundo a Tailândia, foram encontradas evidências de que o Camboja teria colocado minas terrestres na área disputada. O outro país nega as acusações, dizendo que as minas da região são de ‘guerras passadas’.