A Agência de Proteção e Defesa do Consumidor de Juiz de Fora (Procon/JF) concluiu que houve infrações às normas de consumo e que clientes foram prejudicados por causa do aumento de preços da gasolina praticado por em 28 postos em janeiro de 2025.
A investigação, iniciada em janeiro, após relatos do Observatório das Relações de Consumo, identificou um aumento médio de R$ 0,30 centavos no preço da gasolina comum em 28 de janeiro. No entanto, como havia um reajuste para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 1º de fevereiro, os postos aumentaram preços antes da data prevista.
O Procon identificou a prática de Assimetria na Transmissão de Preços (ATP), em que os preços na bomba sobem rapidamente, após elevações nas refinarias, ou mesmo como no caso investigado, mas demoram a cair quando as refinarias reduzem os valores, gerando uma renda adicional absorvida nas margens dos revendedores.
Os estabelecimentos investigados se defenderam alegando liberdade de preços e concorrência. No entanto, o Procon considerou que o aumento abrupto e antecipado de um produto essencial como o combustível, sem a devida variação nos itens que compõem o custo, configura elevação do preço sem justa causa.
Sem acordo, investigados serão sancionados
Conforme o Procon, havia a possibilidade dos investigados assinarem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). No entanto, nenhum deles manifestou interesse na celebração do acordo consensual.
Por isso, com a conclusão da averiguação preliminar, a Agência encaminhou de imediato os autos ao Departamento de Apuração de Práticas Infrativas (Dapi), para que seja iniciado o processo administrativo sancionatório. As sanções ainda não foram divulgadas.
*Escrita por Michel Santos sob supervisão de Roberta Oliveira
Leia também
Procon instaura processo com medida cautelar contra loja de pneus em JF Procon suspende vendas de loja de móveis em JF por não cumprir ofertas