Aberta oficialmente nessa quinta-feira (6) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Cúpula do Clima de Belém (
Para realizar a COP 30, o governo federal firmou contrato específico de R$ 946,9 milhões com a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), organismo internacional com sede em Madri, na Espanha, fundado em 1949, com o objetivo de promover a cooperação dos países ibero-americanos nos campos da educação, ciência, tecnologia e cultura.
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Conforme consultado pela reportagem no Siga Brasil, foram empenhados (valor do orçamento oficialmente reservado), até 5 de novembro, R$ 861,9 milhões, e efetivamente pagos R$ 775,9 milhões. A maior parte das despesas autorizadas está na Presidência da República: R$ 789,9 milhões, além de R$ 66,5 milhões de restos a pagar (obrigações assumidas pelo governo que precisam ser quitadas no exercício seguinte).
Do total empenhado, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) foi a maior favorecida, com R$ 406,2 milhões. Foi por meio da Embratur que o governo viabilizou a contratação de dois navios transatlânticos que ofertam seis mil leitos, com contrato firmado em R$ 263 milhões. Inclusive, Lula e a primeira-dama Janja estão hospedados em um dos navios.
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‘COP da verdade’
A COP 30 termina no dia 21 de novembro, com 143 delegações dos 198 países signatários dos tratados internacionais que tratam do tema. A cada ano, um país recebe o encontro, que tem como principal missão buscar formas de implementar a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Esse documento foi adotado por diversos países em 1992, com a meta de estabilizar a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.
Na abertura do evento, o presidente Lula destacou que é hora de levar a questão climática a sério.
“A COP30 será a COP da verdade. É o momento de levar a sério os alertas da ciência. É hora de encarar a realidade e decidir se teremos ou não a coragem e a determinação necessárias para transformá-la”, disse Lula durante a abertura da Cúpula do Clima.
Mais de 50 mil pessoas, entre delegados dos países, negociadores, jornalistas e 15 mil representantes de movimentos sociais, devem participar de debates paralelos na Cúpula dos Povos.