Ouvindo...

Valdir Barbosa | China volta a comprar frango brasileiro; carne bovina e soja podem enfrentar novas barreiras

Enquanto China acaba de reabrir mercado para carne de frango brasileira, produtores de soja e pecuaristas passam a ver novos riscos com barreiras dos chineses que fecham novo acordo tarifário com EUA

Soja e carne bovina

Amigas e amigos do Agro!

A China é a maior compradora das carnes bovina e de frango do Brasil. Entretanto, a importação do frango estava suspensa desde o início da gripe aviária em maio, e somente agora os chineses reabriram o mercado. Exatamente hoje!

Mesmo a China se ausentando das compras por quase 6 meses, o frango brasileiro ultrapassou outras fronteiras e o volume de vendas esse ano por pouco não bate novo recorde, devendo terminar com 2% de vendas a menos que o passado.

Os chineses também lideram a compra da carne bovina, mas duas questões surgiram nos últimos dias e podem comprometer nessa reta final de ano o embarque de carnes para Xangai.

O primeiro deles é com a investigação de salvaguarda que protege a indústria e o pecuarista chinês, podendo colocar barreiras contra a carne bovina brasileira.

Mais recentemente, laboratórios chineses detectaram a presença de um remédio contra carrapatos em níveis acima do permitido. Trata-se do Fluazuron em lotes de carne bovina.

A análise está sendo feita em Pequim e pode trazer problemas na exportação da carne brasileira a curto prazo.

Por último, os Estados Unidos confirmam por meio de uma ordem executiva, que nos próximos 12 meses toda a elevação das tarifas impostas sobre a China por Donald Trump sejam suspensas, assim como a China se comprometeu a adiar o controle sobre terras raras.

Estados Unidos e China avançam no acordo tarifário, enquanto o Brasil não recebeu nenhuma posição dos americanos sobre futuras reuniões. Setor da soja de olho nos próximos embarques americanos para a China.

Itatiaia Agro. Valdir Barbosa.

Leia também

Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.