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Ancelotti faz gesto raro e nobre no comando da Seleção ao convocar Fabrício Bruno

Fabrício Bruno voltou a ser convocado à Seleção, agora para duelos com Senegal e Tunísia

Coluna do Alexandre Simões, comentarista da Itatiaia

A convocação de Fabrício Bruno à Seleção Brasileira por Carlo Ancelotti dá vida ao zagueiro cruzeirense na batalha por uma vaga na Copa do Mundo do ano que vem, nos Estados Unidos. E mostra uma característica importante do treinador italiano, que preserva o jogador mais visado após falhas na derrota de virada para o Japão, há menos de um mês.

Sua resposta à pergunta de Wellington Campos, aqui da Itatiaia, na coletiva desta segunda-feira (3), na sede da CBF, no Rio de Janeiro, escancara o perfil do comandante canarinho.

“Fabrício Bruno saiu triste do jogo contra o Japão, mas o pensamento do staff técnico da CBF não é embasado apenas no que ele fez contra o Japão, mas nos muitos jogos que ele tem feito. Temos muita confiança nele, nas suas características e qualidades. O momento pode ser o melhor para aprender”, afirmou Ancelotti.

É raro na história da Seleção esse tipo de posicionamento e proteção. A busca por vilões sempre rodeou a equipe e nesses tempos de redes sociais isso ficou ainda mais forte.

Ancelotti chega e dá um recado claro. Que chega a Fabrício Bruno como um combustível. O zagueiro cruzeirense é o melhor da posição neste Brasileirão. Um jogador decisivo defensivamente, mas também no ataque, e as quartas de final da Copa do Brasil, contra o Atlético, aparece como uma prova disso.

Quando o italiano destaca a confiança em Fabrício Bruno, pelas suas características e qualidades, mas também fala sobre aprender com os erros, mostra que aquela derrota de 3 a 2, de virada, para o Japão, após fazer 2 a 0 no primeiro tempo, é um marco nessa preparação para a Copa do Mundo de 2026.

Preparação baseada no profissionalismo, escancarado quando ele fala de Neymar, mais uma vez de fora da sua lista, por razões óbvias, ou Vinícius Junior, que nas últimas semanas se destacou mais por fatos fora de campo que com a bola nos pés.

Está longe de ser a certeza do hexa a presença de Ancelotti à frente do time canarinho. Mas está muito perto de significar um novo momento do futebol brasileiro a presença do vitorioso italiano por aqui.

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Alexandre Simões é coordenador do Departamento de Esportes da Itatiaia e uma enciclopédia viva do futebol brasileiro