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‘MasterChef Confeitaria': saiba quem é a única participante mineira de edição inédita

Natural de Poços de Caldas, Maria Eugênia Sanches, de 26 anos, atua na cozinha profissional desde os 17; confeiteira conta suas inspirações, experiências e como foi o processo seletivo do programa

Maria Eugênia define sua confeitaria como uma mistura entre os doces das avós mineiras e as técnicas que aprendeu no exterior

Com o fim da décima primeira edição do ‘Masterchef Brasil’, na última terça-feira (12), muitos fãs já estão se sentindo órfãos de um dos principais programas de culinária do país. Mas o vazio já tem data para acabar. Na próxima terça-feira (19), , às 22h30, estreia o ‘MasterChef Confeitaria’, a primeira edição focada exclusivamente em sobremesas.

A versão inédita do programa contará com a participação de 12 profissionais da área. A única mineira do grupo, Maria Eugênia Sanches, de 26 anos, não esconde a felicidade em participar do programa.

Natural de Poços de Caldas, no sul do estado, Marô - como é carinhosamente chamada pela família e amigos -, atua na cozinha profissional desde os 17 anos. Formada em tecnólogo de gastronomia pelo Senac Águas de São Pedro, a mineira conta que a paixão pela culinária começou ainda na infância.

Formada em gastronomia, Marô conta que aperfeiçoou técnicas trabalhando em restaurantes no exterior

A mineira relembra que sempre viu a vó materna e a mãe serem confeiteiras dentro de casa. “Eu cresci admirando os cheiros, os sabores e vê-las cozinhar. Elas são a minha maior inspiração”, diz, orgulhosa.

Assim que se formou, Marô decidiu viajar e trabalhar por diversas cozinhas pelo mundo. A confeiteira atribui tudo o que conquistou às experiências no exterior.

“Sempre fui aventureira, tenho uma alma cigana. Com 17 anos comecei a viajar pelo mundo. Fiquei um tempo em Buenos Aires e, depois conheci meu atual namorado, ficamos trabalhando em restaurantes em diferentes lugares. Fomos para a Patagônia, trabalhamos em um restaurante com uma estrela Michelin na Itália e, por ultimo, estávamos em uma boulangerie (padaria) na França”, conta.

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Marô ficava em média quatro meses em cada lugar, sempre na confeitaria. Para ela, as técnicas aprendidas foram essenciais para que ela conquistasse uma vaga no MasterChef Confeitaria.

Para a confeiteira, o programa era um sonho que parecia distante, até o lançamento da nova versão.

“Eu sempre fui fã do MasterChef, assistia antes de ter a versão brasileira. Sempre me identifiquei com o programa porque é um reality show que mostra seus talentos. Lá, você tem que mostrar algo. Mas mesmo tendo o sonho, eu nunca me aventurei a me inscrever pelo fato de não dominar a cozinha quente. Quando eu vi que iria lançar o MasterChef Confeitaria, eu pude me inscrever porque eu sabia que dominava a confeitaria”.

Maria Eugênia é uma das 12 participantes do ‘Masterchef Confeitaria’

Marô fala sobre a dificuldade do processo seletivo, que começou em agosto deste ano. A mineira ficou entre os 12 melhores confeiteiros entre os mais de 1.000 inscritos no programa.

“O processo seletivo é super difícil e longo. Foram meses, muita gente, etapas presenciais em que temos que cozinhar, passamos por teste de personalidade, psicólogos, testes de pressão... É um funil muito fino. Eles vão passando o pente fino mesmo para escolher os 12 melhores”, revela.

Em janeiro deste ano, a confeiteira decidiu interromper as viagens e voltar para casa. Marô abriu dois empreendimentos em Poços de Caldas: o Somos Bistrô e o Café Somos. “Entre uma viagem e outra, o recalcular de rota era sempre aqui. Também senti que deveria voltar por me identificar com Minas e por sentir que a cidade era carente de uma gastronomia de alto padrão”.

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Agora, com a participação do programa, Marô revela as expectativas para seu futuro pessoal e de seus restaurantes.

“Para a minha vida pessoal, é uma realização e uma oportunidade de visibilidade. É um reconhecimento da profissão. A gente fica de 8 a 12 horas dentro da cozinha, é um reconhecimento mesmo do nosso trabalho. Para Minas Gerais, acho que a participação pode colocar o estado dentro do mapa da confeitaria. Vamos mostrar que a gente é muito mais do que doce de leite e goiabada. As cidades do interior precisam entender que somos mais do que isso. Minas é muito privilegiado na culinária, mas acho que ainda existe o que explorar. Não precisamos ficar restritos só a produtos locais”, opina.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.