Domingo (5), no CNN Esportes S/A, teremos Gabriel Lima, CEO da Liga Forte União (LFU).
Gabriel Lima representa uma liga em que estão Cruzeiro e América. O Atlético está do lado da Libra, onde está Palmeiras, São Paulo, Santos e Flamengo.
E há uma insatisfação gigantesca dos clubes do Brasil com o Flamengo. O que Gabriel Lima disse nessa quarta-feira (1º) foi o seguinte: por mais que o Flamengo ache que merece um valor exorbitante por ter a maior torcida (e tem), essa conta não fecha.
O Flamengo tem direito a 19 jogos do Campeonato Brasileiro. Esses 19 jogos têm um valor muito grande, mas não superior a 10, 12% do valor do campeonato como um todo. O todo é muito maior do que o Flamengo.
O que estou sentindo acontecer é um movimento muito grande de diálogo entre os clubes da Libra e da LFU. O Flamengo pode ficar isolado nesse processo, e talvez seja isso que o clube quer mesmo.
Tanto que Gabriel Lima nos contou nessa quarta que os direitos internacionais e os de bet para o exterior já foram negociados por todos os clubes de maneira coletiva, sem o Flamengo.
Podemos caminhar para uma formação em que estejam todos de um lado, e o Flamengo do outro. O tempo vai dizer quem tem razão.
Por tudo que já vi no mundo do futebol, dificilmente a estratégia do Flamengo vai dar certo. Você tem muito mais a ganhar com a unidade do que com o individual.
O Flamengo tem a maior torcida do Brasil. Mas pode ser dono de 100% de um bolo de R$ 1 milhão, e os outros clubes dividirem um bolo que dê para cada um deles R$ 2 ou R$ 3 milhões. Porque é um produto maior, gera mais dinheiro, receita e às vezes é melhor ter 20% de um bolo muito grande do que 100% de um muito pequeno.
Estou achando que o tiro do Flamengo pode sair pela culatra.