Fabiana Justus está em tratamento oncológico para uma leucemia mieloide aguda e, há pouco mais de 15 dias, recebeu um
Além das
O que e como funciona a quimioterapia?
“A quimioterapia, ou quimioterápicos, são medicamentos que podem ser venosos ou orais que agem destruindo as células malignas que estão dentro do organismo, ou células atípicas, que são diferentes das nossas”, relatou a médica. “A maioria age principalmente na hora que essas células estão proliferando, crescendo, tentando se replicar. Elas impedem esse mecanismo e geram a morte celular, que tem o nome científico de apoptose”, completou.
Por que a quimioterapia causa efeitos colaterais
Os efeitos da quimioterapia surgem nesta fase, já que a maioria dos quimioterápicos tradicionais não têm ação seletiva, ou seja, não atingem apenas as células que apresentam algum tipo de problema. “O quimioterápico não é seletivo, então os efeitos colaterais vêm justamente na hora em que, além dele ter como alvo a célula tumoral maligna, ele tem as células saudáveis do organismo”, explicou a Dra. Aline Chaves Andrade.
“Os efeitos indesejáveis podem vir na queda do cabelo, inflamação de mucosas (mucosite), diarreia, alteração nas unhas e no sistema imunológico”, revelou a oncologista. A quimioterapia pode acabar afetando também a medula óssea - o que foi o caso de Justus, já que a
“Não são todos quimioterápicos que agem do mesmo jeito e vão ter esses efeitos colaterais”, apontou a médica. “Tem quimioterápico que não altera a imunidade por não ser mielotóxico, não interferir na produção da medula. Tem quimioterápico que não faz o cabelo cair, porque não chega no folículo piloso do cabelo. Alguns protocolos não vão dar náusea e vômito, ou alterar a imunidade, ou fazer o cabelo cair”, definiu.
Efeitos colaterais mais comuns
“As pessoas pensam que quimioterapia é sinônimo de ficar careca, morrer de vomitar e ficar fraca. Não, esses são [os sintomas] mais conhecidos”, apontou a oncologista do Oncoclínicas. Segundo Andrade, os efeitos colaterais mais comuns são: náusea, fadiga, perda de cabelo e alteração de hábito intestinal, já que alguns quimioterápicos podem prender ou soltar o intestino dos pacientes.
Outro efeito comum, conforme explicado pela especialista, é a mucosite. A condição é caracterizada por inflamação e até mesmo úlceras nas mucosas, podendo afetar a cavidade oral e se estender a outras partes do trato gastrointestinal, gerando forte incômodo e dificuldade de engolir.
“A fadiga, a gente sempre fala com os pacientes que, ao contrário do que eles pensam, o ideal é não ficar sedentário e fazer atividade física. O repouso piora a sensação de cansaço, que a atividade física melhora.”, esclareceu a médica sobre um dos efeitos colaterais que definiu entre os mais comuns.
Por que os tratamentos e efeitos são diferentes?
A oncologista ainda destacou que os tipos de tratamentos oncológicos evoluíram muito nos últimos tempos e estão cada vez mais direcionados para casos específicos. “As pessoas têm mania de conversar com outros pacientes, são alhos e bugalhos. Às vezes, os tratamentos não têm nada a ver. Dentro do câncer de mama, por exemplo, são quatro tipos que tem tratamentos diferentes”, apontou.
“Depende de onde nasceu [o câncer]. Às vezes, algumas [coisas] podem ser em comum”, destacou a médica. “Na grande maioria dos casos, elas não tem nada em comum e são completamente diferentes. Está cada vez mais individualizado o tratamento que é direcionado não só pelo órgão como pelo subtipo histológico”, encerrou.
Como está Fabiana Justus
No dia 25 de janeiro deste ano, Fabiana revelou
À época, a influenciadora explicou como descobriu a doença. “Vim para o pronto-socorro com uma dor esquisita nas costas e febre e desde então não saí mais daqui. Já internei, fiz o exame para ver o que era, coloquei o cateter e já comecei a quimioterapia”, detalhou.
Aos 37 anos, Fabiana passou por um
Com informações de Patrícia Marques.