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‘Será pau para cima da Enel, não queremos essa empresa aqui’, diz Nunes

Prefeito reeleito na capital paulista comentou que postura pretende adotar com a Enel, empresa de energia responsável pelos recentes apagões

O atual prefeito de SP e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB)

Em sua primeira entrevista no dia seguinte ao da sua reeleição, na CNN Brasil, Ricardo Nunes (MDB) prefeito reeleito de São Paulo (SP), foi perguntado sobre que postura pretende adotar com a Enel, empresa de energia responsável pelos recentes apagões, agora que a eleição chegou ao fim.

Nunes disse que, uma vez reeleito, a força política que exerce é maior. E foi enfático:

“Não tenha dúvida de que será pau para cima da Enel! Eu e Tarcísio já falamos e vamos reforçar: não queremos essa empresa aqui e o Governo Federal precisa tomar posição”, declarou.

Segundo o atual prefeito, o contrato da Enel é uma concessão federal, e possui regulação e fiscalização também federais.

“Só depende do Governo Federal para tirar a Enel daqui”, afirmou.

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Na mesma entrevista, Nunes ouviu de um dos jornalistas que seu padrinho político foi mais o governador Tarcísio de Freitas do que o ex-presidente Jair Bolsonaro.

E foi perguntado se o governador seria o melhor nome da direita para disputar a presidência da república em 2026.

“Prefeito de São Paulo não tem padrinhos, tem aliados. Eu acho que vocês precisavam pelo menos começar a respeitar um pouco a posição de quem é prefeito da maior cidade do país”, ressaltou o emedebista.

“Temos aliados políticos como o Tarcísio, que é importante tanto dentro do processo da administração e gestão, mas entra outro momento da participação do Tarcísio, que é no momento eleitoral. Ele se demonstrou como um grande personagem da política, pela lealdade”, afirmou.

Nunes disse, ainda, que se Bolsonaro permanecer inelegível até as eleições presidenciais de 2026, Tarcísio é um grande nome.


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Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.