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‘Prefeito de São Paulo não tem padrinho, tem aliados’, diz Nunes sobre Tarcísio

Prefeito reeleito na capital paulista comentou a participação do governador de SP em sua campanha; ele comentou também as abstenções

O candidato do MDB, Ricardo Nunes

Em sua primeira entrevista no dia seguinte ao da sua reeleição, na CNN Brasil, Ricardo Nunes (MDB) prefeito reeleito de São Paulo (SP), foi perguntado sobre o grande percentual de abstenções no segundo turno.

31,4% dos eleitores paulistanos não compareceram às urnas. O percentual corresponde a quase 3 milhões de pessoas e representa a maior taxa de abstenção da história da cidade de São Paulo.

Para Nunes, as abstenções representam um desejo da população pela moderação.

“[A abstenção] traz para gente que essa eleição em São Paulo foi muito agressiva. Teve cadeirada, soco, carteirada, todo tipo de agressão. Me parece ser o reflexo da repulsa a esses comportamentos. Os ‘lacradores’ ficaram de fora do pleito eleitoral. Não vai ter espaço para esse tipo de comportamento, política é algo sério”, disse.

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Em seguida, Nunes ouviu de um dos jornalistas que seu padrinho político foi mais o governador Tarcísio de Freitas do que o ex-presidente Jair Bolsonaro.

E foi perguntado se o governador seria o melhor nome da direita para disputar a presidência da república em 2026.

“Prefeito de São Paulo não tem padrinhos, tem aliados. Eu acho que vocês precisavam pelo menos começar a respeitar um pouco a posição de quem é prefeito da maior cidade do país”, ressaltou o emedebista.

“Temos aliados políticos como o Tarcísio, que é importante tanto dentro do processo da administração e gestão, mas entra outro momento da participação do Tarcísio, que é no momento eleitoral. Ele se demonstrou como um grande personagem da política, pela lealdade”, afirmou.

Nunes disse, ainda, que se Bolsonaro permanecer inelegível até as eleições presidenciais de 2026, Tarcísio é um grande nome.


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Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.