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Material impresso foi o principal gasto das campanhas eleitorais em MG

“santinhos” estão no topo da lista de gastos com a campanha no primeiro turno de 2024; só em Minas foram gastos mais de R$72,5 milhões

“Pessoas incivilizadas“, diz presidente do TRE-SP sobre sujeira de santinhos | CNN Brasil

A publicidade com materiais impressos é a maior despesa de campanha na eleição de 2024, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Foram R$ 808,7 milhões, o triplo do gasto com a produção de programas de TV e rádio (R$ 279,2 milhões) e quase cinco vezes o investido em impulsionamento de conteúdos (R$ 179 milhões) nas redes sociais.

Apesar da digitalização da política e dos investimentos em ferramentas digitais diversas, os “santinhos” estão no topo da lista de gastos. Só em Minas Gerais foram gastos mais de R$72,5 milhões com panfletos, painéis, adesivos, etc.

Apenas em Contagem, foram gastos mais de R$2,3 milhões com propaganda impressa. Em Betim, R$ 1,9 milhão. Em Nova Lima, mais de R$719 mil.

Em Belo Horizonte, curiosamente, o maior gasto das campanhas foi com doações financeiras a outros candidatos e partidos: foram mais de R$200 milhões doados.

Com materiais impressos, as candidaturas na capital mineira gastaram R$ 8,7 milhões.

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Sustentabilidade

No entanto, a poluição causada pelos panfletos nas cidades, especialmente no período final das eleições, tem sido alvo de críticas e passou a ser foco da Justiça Eleitoral.

Ela se juntou à iniciativa Eleições Sustentáveis, lançada em 2018 pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).

Desde então, o tribunal fornece aos partidos uma relação de cooperativas de reciclagem para destinar o material impresso restante ao final da campanha.

Em 2018, as cooperativas mineiras informaram ter recebido 11 toneladas de resíduos. Dois anos depois, foram 28 toneladas e, em 2022, 55.


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Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.