A candidata do PCO à Prefeitura de Belo Horizonte,
Quando questionada sobre a proximidade que o Partido da Causa Operária teria com o bolsonarismo, em razão de sua posição quanto ao armamento, a candidata disse não ser pelos mesmos motivos.
“A ideia de armamento faz parte do programa do PCO, porque somos Trotskistas, que defende armar a população para enfrentar seus opressores” - trotskismo é uma ideologia de esquerda fundada a partir das ideias de Leon Trotsky (1879-1940), o qual defendia a organização da classe operária para se defender e conquistar seus direitos.
“Essa ideia de armamento não é do Bolsonaro, nosso programa fala disso há muito tempo. É um programa de libertação do trabalhador”, explicou.
Sobre a polícia militar e políticas de segurança pública, a candidata afirmou que a instituição precisaria de uma reforma drástica ou ser extinta. Para ela, “a população tem que estar armada e o sistema, essa polícia, deve ser extinta ou passar por uma reforma drástica, pois o império a coloca contra o trabalhar, para oprimir e maltratar o trabalhador”.
Segundo as diretrizes do PCO, expostas no site do partido, a Polícia Militar faz somente a segurança dos ricos do Brasil e a burguesia “já está ela mesma armada faz muito tempo”.
“O trabalhador e o pessoal da favela têm que estar armados sim, eles têm que se defender”, colocou a candidata. “A nossa proposta seriam milícias populares em cada região. Organizar o povo, preparar o povo, para ele poder ser responsável pela própria segurança”.
Lourdes diz compreender que esse não é um processo simples, e que precisaria de anos para desenvolver, através de conversas e treinamentos da população.
“Em um bairro ou uma favela, você vai lá e faz uma conversa para ela entender o que é a segurança,: Para que que serve a segurança? Quem é protegido com esse sistema de segurança? Para que existe polícia, a quem ela obedece e porque ela obedece? Eu não sou contra policial, vejo como um trabalhador e tenho maior respeito por ele. É o sistema ao qual ele está inserido e o que ele recebe de formação é que se torna prejudicial”.
Por fim, a candidata concluiu o pensamento questionando a quem a arma hoje protege. “Nós temos que preparar essa população inclusive para lidar com armas. Nós temos muito medo de arma ainda, mas não é bem assim, depende de quem a arma protege. Pra quem você vai apontar as armas? Porque ultimamente as armas estão apontadas para nós, para a população, mas a gente precisa saber por que essa arma está sendo apontada para nós e quem é responsável por isso”.