O ex-coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF),
Mesmo torpeada desde 2016 pelo vazamento de mensagens trocadas entre os procuradores do MPF e o juiz Sergio Moro, a operação Lava Jato foi marcada pela “legalidade”, na opinião de Dallagnol.
“Nenhuma ilegalidade foi praticada, nunca se ultrapassou a linha da verdade e da Justiça uma única vez”, defende o ex-deputado federal, que teve o mandato cassado por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que se filiou, recentemente, ao partido Novo.
Veja mais:
Deltan disse, ainda, que a Vaza Jato foi uma “grande fofoca” e que as investigações sobre o caso não confirmaram as denúncias.
“O que a Vaza Jato fez foi uma grande fofoca querendo bancar de escândalo. No único caso que se investigou aquelas supostas mensagens, se dizia que a Lava Jato teria investigado ministros do STJ. E a Lava Jato não poderia fazer isso, só quem pode é o STF. Seria uma tremenda burrice, porque seria ilegal e colocaria um monte de gente assalariada, promotores, juízes, policiais, com risco de perder o emprego, e mais: seria inútil porque não poderia usar as provas contra aqueles ministros”, afirmou em
Questionado se a operação merece uma “autocrítica” por parte de seus ex-integrantes, como o próprio Deltan, ele diz que rever supostas arbitrariedades da Lava Jato “não faz sentido algum”
“Quando você pergunta: existe autocrítica? A gente poderia ter feito algo melhor? Claro que sempre pode fazer tudo melhor na vida. Mas a Lava Jato desbravou, fez o que nunca se tinha feito, conseguiu colocar, em série, na cadeia, corruptos que nos roubam a décadas, que se acham donos do poder no Brasil, que abusam e em vez de serem enforcados, punidos, enforcam e punem os outros”, diz.
“Você hoje vai discutir autocrítica, se algo poderia ser melhorado? Ainda que tenha sido feito dentro da lei? Não faz sentido nenhum, enquanto tudo está sendo desfeito, anulado e a gente vendo os donos do poder continuarem nos roubando e praticando arbítrios ao longo de décadas”, encerra.