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Após Moraes, STF interrompe julgamento sobre porte de drogas; placar é de 4 a 0

Julgamento estava paralisado há oito anos no Supremo Tribunal Federal (STF); ministro Alexandre de Moraes votou nesta quarta-feira (2)

Ministra Rosa Weber suspendeu o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira

O Supremo Tribunal Federal (STF) interrompeu o julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas no Brasil após o parecer favorável do ministro Alexandre de Moraes em sessão nesta quarta-feira (2). O placar contém 4 votos favoráveis à liberação do porte para uso pessoal e nenhum contrário, e a expectativa é que a discussão seja retomada nos próximos dias.

Entretanto, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, declarou que não iria marcar data para o reinício da discussão. “Fica registrado esse resultado provisório. Não designarei data porque temos na próxima semana a continuidade do julgamento do juiz de garantias. Quando vossa excelência sinalizar, faço a designação [da data]”, disse ao final da sessão para o ministro Gilmar Mendes.

Relator do processo pela liberação do porte de drogas para consumo próprio, Gilmar Mendes pediu vistas, solicitando um prazo mais extenso para avaliar os votos declarados até agora. O processo se arrasta na Corte há oito anos, sendo suspenso em setembro de 2015.

Saiba como cada ministro votou no julgamento para descriminalização do porte de drogas no Brasil:

  • Gilmar Mendes (2015): pela descriminalização do porte de todas as drogas;

  • Edson Fachin (2015): pela descriminalização do porte de maconha;

  • Luís Roberto Barroso (2015): pela descriminalização do porte de maconha e propôs parâmetros para diferenciar consumo e tráfico: 25 gramas de maconha ou plantação de até seis plantas fêmeas;

  • Alexandre de Moraes (2023): pela descriminalização do porte de maconha e propôs a quantidade máxima que o usuário pode carregar: entre 25 e 60 gramas.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.