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Blogueiro foragido por planejar atentado a bomba em Brasília foi assessor de Damares

Wellington Macedo atuou no Ministério das Mulheres em 2019; ele virou réu na Justiça pelo crime de explosão

Wellington Macedo está foragido, suspeito de planejar atentado a bomba no Distrito Federal

O blogueiro Wellington Macedo, que virou réu na Justiça do Distrito Federal suspeito de planejar um atentado a bomba em um caminhão-tanque no Aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado, foi assessor no ministério comandado por Damares Alves (Republicanos) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Macedo trabalhou por 10 meses no Ministério das Mulheres e dos Direitos Humanos entre janeiro e outubro de 2019, quando a pasta era chefiada pela hoje senadora eleita, Damares Alves, uma das principais apoiadoras do ex-presidente. Ele trabalhava na Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, como jornalista.

O blogueiro está foragido desde o fim de dezembro, quando o empresário George Washington de Oliveira foi preso e confessou o crime.

Damares se manifestou nesta segunda-feira (16), confirmando a informação de que Macedo trabalhou no ministério durante a sua gestão, mas disse repudiar as “tentativas levianas” de associar sua imagem à do investigado.

“O referido jornalista não era meu assessor direto. Trabalhou na área de comunicação da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente que, inclusive, funcionava em prédio diferente do Gabinete Ministerial”, afirmou Damares.

“Repudio todas as tentativas levianas de associar minha imagem às ações dele e/ou do grupo ao qual faz parte. Que todos as denúncias sejam devidamente apuradas e que os culpados por atos ilegais sejam processados e julgados, nos termos da lei”, completou.

Damares diz, ainda, ser defensora da democracia e que condena os atos de violência.

Atentado a bomba

O empresário paraense George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal no dia 24 de dezembro, suspeito de montar um artefato explosivo nos arredores do Aeroporto de Brasília. O explosivo foi instalado em um caminhão-tanque, ele foi preso em um apartamento na região central do Distrito Federal e confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto.

Com o suspeito, foi apreendido um arsenal com pelo menos duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados. No apartamento, foram encontradas outros explosivos.

Em depoimentos, o empresário citou outras duas pessoas que teriam colaborado para o crime: Wellington Macedo e Alan Diego Rodrigues dos Santos. Ambos estão foragidos.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.