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AliExpress, Shein e Shopee podem receber taxação

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, não mencionou empresas específicas, mas reforça que quem não paga impostos, vai começar a pagar

Lojas virtuais internacionais terão de pagar impostos no país

Pagamento de impostos por parte de e-commerces internacionais que atuam no Brasil é uma das medidas programadas pelo governo federal para aumentar a arrecadação. A informação foi dada por Fernando Haddad, ministro da Fazenda, na segunda-feira (3). Segundo ele, a estimativa é recolher até R$ 8 bilhões ao ano com a regularização.

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Haddad não mencionou empresas específicas, mas destacou que quem não paga impostos, vai começar a pagar. “O problema todo é o contrabando”, aponta. “O comércio eletrônico faz bem para o país, estimula a concorrência, o que temos de coibir é o contrabando, porque prejudica muito as empresas brasileiras que pagam impostos”, aponta.

O ministro reforça que todas as empresas podem operar no Brasil, desde que haja concorrência saudável. Especula-se que, entre as principais empresas atingidas, estão e-commerces chineses como AliExpress, Shein e Shopee.

Na semana passada, Luiza Trajano, do Magazine Luiza, destacou que não é possível competir “se você paga 37% de imposto e o outro não paga”. Ela se refere ao fato de as companhias nacionais terem de pagar para importar, enquanto os consumidores de sites estrangeiro muitas vezes não pagarem imposto quando compram.

Segundo Haddad, não será preciso criar novos impostos ou aumentar alíquotas: basta “cobrar de quem não paga”. No Twitter, ele respondeu a perguntas de cidadãos e deu mais detalhes de projeto. Usuários da plataforma interagiram com o ministro e comentaram sobre a cobrança de impostos em diferentes segmentos.