Um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) revela que Minas Gerais teve um prejuízo de US$ 236 milhões em setembro com a
Em termos de valores totais, o estado teve a
Em termos de valores, Minas Gerais é seguida por Santa Catarina, onde as exportações recuaram US$ 95,9 milhões; na sequência aparecem São Paulo (US$ 94 milhões), Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro com US$ 88,8 milhões, e Paraná com US$ 82,4 milhões.
Segundo a pesquisa, conduzida pelo coordenador do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste do FGV Ibre, Flávio Barreto, e pelos pesquisadores João França, Thiago Freitas e Pedro Avelino, a queda em Minas Gerais ocorreu pelos produtos de metal e semiacabados. Outros estados tiveram prejuízo pela antecipação de embarques em julho e agosto como estratégia para driblar o tarifaço.
Produtos isentos
Um dos destaques da pesquisa é a avaliação do impacto do tarifaço relacionado aos produtos que foram isentos pelos Estados Unidos. Os especialistas destacam duas situações: estados onde as exceções ajudaram a segurar a queda e lugares onde esses produtos também tiveram queda, piorando o resultado total.
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Esse último é o caso de Minas Gerais, que teve queda de 51,9% nas exportações mesmo de produtos isentos aos Estados Unidos. Em setembro de 2024, o estado havia exportado US$ 191,45 bilhões nesses produtos, valor que caiu para US$ 92,18 milhões no mês passado.
A exportação de ferro fundido bruto, por exemplo, caiu de US$ 111,88 milhões para US$ 46,68 milhões, mesmo com a isenção. Já o café não torrado, principal produto da pauta exportadora mineira e que sofre com o tarifaço, teve um recuo de 22,6%, de US$ 117 milhões para US$ 90,52 milhões.
Veja os estados que mais perderam em valores totais
- Minas Gerais - US$ 236 milhões (-50,5%)
- Santa Catarina - US$ 95,9 milhões (-54,9%)
- São Paulo - US$ 94 milhões (-7,7%)
- Rio Grande do Sul - US$ 88,8 milhões (-51,5%)
- Rio de Janeiro - US$ 88,8 milhões (-26,8%)
- Paraná - US$ 82,4 milhões (-56,3%)