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Inflação em Belo Horizonte fica estável, e alimentação mais barata em setembro

Preço da alimentação em casa e em restaurantes teve queda no mês passado, ajudando a segurar o índice de preços

Preço da alimentação fora de casa teve queda de 0,79%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo em Belo Horizonte (IPCA-BH), medido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis (Ipead) da UFMG, subiu 0,05% em setembro, beirando a estabilidade. Segundo o levantamento, o resultado representa uma aceleração em comparação com agosto, que teve uma deflação de 0,24%.

No ano, o IPCA-BH acumulou uma alta de 4,06%, e nos últimos 12 meses de 5,52%. A estabilidade do índice de preços foi puxada pelo grupo Alimentação, que caiu 0,62% em setembro, com destaque para uma movimentação atípica na alimentação fora da residência, com recuo de 0,79%

O gerente de pesquisa do Ipead, Eduardo Antunes, explica que a alimentação fora de casa era o único item que vinha com uma variação positiva nos últimos meses, dentro do grupo alimentos. Segundo o especialista, é difícil saber o motivo do recuo, mas o principal seria as movimentações de mercado, como promoções.

“Agora em setembro, ela teve essa pequena queda, mas como ela é muito importante, e pesa muito no índice, ela já aparece com uma certa relevância. Aconteceu agora, mas ao longo do tempo vinha positiva, nada que destoa muito. Geralmente ela vai acompanhar o índice da inflação, mas neste momento teve uma queda”, disse em entrevista à Itatiaia.

Outro destaque dentro do grupo alimentação foi o preço do tomate, que registrou uma queda de 17,54% em setembro, sendo o principal recuo dentro da cesta básica. A batata inglesa também teve uma queda expressiva no preço, em 6,12%.

No acumulado do ano, o grupo alimentação teve uma alta de 1,18% no IPCA-BH, enquanto nos últimos 12 meses a inflação do grupo foi de 6,10. O índice de preços geral está em 4,06% no ano, e 5,52% nos 12 meses.

Final de ano deve ser de leve avanço na inflação

A inflação em Belo Horizonte nos últimos meses do ano deve ser marcada por uma leve alta. Segundo Antunes, o momento de inflação controlada deve favorecer o índice, dado que em agosto houve uma deflação de 0,24% e setembro foi de estabilidade.

“Talvez fique um pouco menos puxado. Em outubro agora, por exemplo, teremos uma redução na tarifa de energia elétrica, que vai sair do palmar dois e voltar para o patamar um. Isso também ajuda a puxar a inflação para baixo. Talvez, para esse ano, a inflação possa ficar um pouco mais contida em relação aos anos anteriores”, disse.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.