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Dólar cai após telefonema entre Lula e Trump, e bolsa recua

Presidentes voltaram a conversar nesta segunda-feira, após primeiro encontro na Assembleia Geral da ONU

Governo brasileiro classificou a nova conversa como “amistosa”

O dólar opera em queda após o telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, nesta segunda-feira (6). A moeda americana abriu o dia cotada a R$ 5,34, e desde então segue em trajetória de desvalorização ante ao real, batendo R$ 5,31 por volta de 13h.

Lula e o presidente dos Estados Unidos trocaram um telefonema na manhã desta segunda, pela primeira vez após o encontro na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo nota do Itamaraty, a conversa de 30 minutos teve um tom amistoso, reiterando a impressão positiva da breve conversa de setembro.

O petista ainda pediu ao seu homônimo americano a retirada da sobretaxa de 40% imposta aos produtos importados, além das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras. Cabe lembrar que oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão com vistos suspensos, incluindo Alexandre de Moraes, que também foi alvo de sanções financeiras pela Lei Magnitsky.

A sequência das negociações será tocada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), junto ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. Os dois presidentes também acordaram de se encontrar pessoalmente em breve.

“O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos. Os dois presidentes trocaram telefones para estabelecer via direta de comunicação”, disse a nota.

Bolsa também recua

Por outro lado, o Ibovespa, índice que reúne as principais empresas listadas na bolsa brasileira, opera em queda nesta segunda-feira. Após a primeira notícia de que haveria um telefonema entre Lula e Trump, o indicador passou a recuar com uma reação cautelosa do mercado. Porém, após a divulgação da nota do governo, as perdas foram suavizadas.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.