Ouvindo...

Cesta básica em BH custa R$ 739,09 em setembro, aponta Ipead

Mesmo com seis quedas seguidas, valor segue 7,36% acima do registrado há um ano; café acumula alta de 44% em 12 meses

O valor da cesta básica em setembro chega a R$739,09 em Belo Horizonte, conforme pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD/UFMG).

O órgão mede, todo mês, a variação de 13 itens que compõem a cesta básica: carne bovina, manteiga, tomate, banana, batata, leite, arroz, feijão, farinha de trigo, açúcar, óleo de soja, pão francês e café.

Os preços em setembro caíram 0,46% na comparação com outubro. É a sexta queda consecutiva do valor da cesta. Em 2025, a queda acumulada é de 1,2%. Na comparação com o mesmo mês de 2024, porém, o preço é 7,36% maior - R$ 739,09 neste ano ante R$ 688,42 em setembro passado.

Gerente de pesquisas da Fundação IPEAD, Eduardo Antunes diz que, mesmo com as quedas, o patamar da cesta básica em Belo Horizonte segue alto.

“Mesmo com essa queda constante que a gente vem percebendo na cesta básica, ainda não foi suficiente para ela voltar a um patamar parecido que foi medido há um ano atrás”, avalia.

Sobe e desce de preços

Tomate (-17,54%), batata inglesa (-6,12%) e manteiga (-2,11%) foram os itens com maior queda de preços.

Por outro lado, banana caturra (+5,54%), óleo de soja (+5,20%) e feijão carioquinha (+5,03%) registraram as maiores altas absolutas.

Mas o maior impacto causado na cesta de setembro vem da carne bovina. A chã de dentro, corte que compõe a lista, subiu 2,28%. Como tem o maior valor agregado de todos os itens da cesta, acaba pesando mais no bolso do consumidor.

Cafezinho de todo dia segue com preço salgado

Leia também

Outro item que chama atenção na lista é o café. O preço do pacote de 500g custa, em média, R$ 30,70. O valor caiu ligeiramente em setembro - 1,47%, mas acumula alta de 35,67% em 2025 e assustadores 44,38% de aumento no intervalo de 12 meses.

“O café ainda apresenta uma estabilidade muito grande nos preços, a gente vê algumas promoções acontecendo, mas que ainda não foram suficientes para poder fazer o preço do produto voltar a um patamar razoável para o bolso do consumidor”, avalia Antunes. “A depender das promoções, a gente ainda encontra pacotes de café a R$ 30, que no começo de 2024 você comprava por R$ 18, então é um patamar bastante elevado”, constata o gerente do IPEAD.

Mineiro de Urucânia, na Zona da Mata. Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Ouro Preto (2024), mesma instituição onde diplomou-se jornalista (2013). Na Itatiaia desde 2016, faz reportagens diversas, com destaque para Política e Cidades.