Greve nos Correios pode atrasar entregas e suspender atendimentos?

Sindicatos de trabalhadores dos Correios aprovaram um movimento grevista em nove estados, incluindo nas maiores bases de servidores

Estatal acionou medidas de contingenciais que garantem a continuidade dos serviços essenciais

Sindicatos de trabalhadores dos Correios iniciaram um movimento de greve na noite da terça-feira (16) em nove estados, incluindo nas maiores bases de servidores da estatal: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os trabalhadores reivindicam um reajuste salarial e uma série de demandas, incluindo mudanças no plano de saúde.

Mas, na prática, a paralisação pode resultar no atraso de entregas e na suspensão de atendimentos nas agências dos Correios? Como o movimento ainda está nos primeiros dias, ainda não estão claro os impactos da paralisação, mas a estatal afirmou que adotou medidas contingenciais que garantem a continuidade dos serviços essenciais à população.

Em nota, os Correios também informaram que todas as agências estão abertas e as entregas seguem sendo realizadas em todo território nacional. “Atualmente, cerca de 91% do efetivo da empresa está em atividade. Dos 36 sindicatos que representam os trabalhadores da estatal, 24 não aderiram ao movimento de paralisação”, disse a empresa.

A paralisação foi aprovada também no Mato Grosso, Ceará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O movimento ocorre no momento em que os Correios tentam estabelecer o seu plano de reestruturação para sanar uma grave crise de caixa, com prejuízo de quase R$ 6 bilhões.

Em novembro, a administração da estatal aprovou um plano que prevê o fechamento de até mil unidades deficitárias, um programa de demissão voluntária, e a venda de até R$ 1,5 bilhão em imóveis. Além disso, os Correios trabalham com mudanças nos benefícios dos trabalhadores que permanecerão, como a remodelagem dos planos de saúde atuais.

Apesar da crítica, os Correios disseram que reafirmam seu compromisso com o diálogo “responsável, a sustentabilidade da empresa e a preservação dos empregos”. “A estatal permanece empenhada na construção de um consenso com as representações dos trabalhadores, sob a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST)”, completou a estatal.

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