Sindicatos de trabalhadores dos Correios aprovaram, na noite dessa terça-feira (16), uma greve por tempo indeterminado em Minas Gerais e em outros seis estados. Os trabalhadores se opõem a uma série de medidas que eles consideram ataques aos seus direitos, como mudanças no plano de saúde e o fim do adicional de 70% de férias.
Além de Minas Gerais, a paralisação foi aprovada no Mato Grosso, Ceará, Paraíba, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em São Paulo, maior base de trabalhadores da estatal do país, o movimento foi aprovado mesmo com orientação contrária da direção sindical. O movimento ocorre no momento em que os Correios tentam estabelecer o seu plano de reestruturação para sanar uma
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Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais (Sintect-MG), Robson Silva, a greve ocorre contra os “desmandos e ataques” dos Correios contra os trabalhadores. “A resposta para a direção da empresa, que quer retirar direito dos trabalhadores, é a greve geral na rua. Vamos reivindicar a manutenção dos nossos direitos, reajuste salarial digno, plano de saúde que funciona, e contratação [de servidores]”, disse.
Em nota, os Correios destacaram que todas as suas agências estão abertas e as entregas seguem sendo realizadas em todo território nacional. A empresa afirma que dos 36 sindicatos que representam os servidores, 24 não aderiram ao movimento. “Para mitigar eventuais impactos operacionais, a empresa adotou medidas contingenciais que garantem a continuidade dos serviços essenciais à população”, disse a empresa.
A estatal também reafirmou seu “compromisso com o diálogo responsável”, e a sustentabilidade dos Correios com a preservação dos empregos. “A estatal permanece empenhada na construção de um consenso com as representações dos trabalhadores, sob a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST)”, completou.
Plano de reestruturação
Em novembro, a administração dos
O plano tem como objetivo sanar parte da grave crise financeira que os Correios enfrentam. No primeiro semestre, a estatal apresentou um rombo de R$ 4,5 bilhões. Segundo a administração da empresa, o plano foi elaborado após “análise aprofundada da situação financeira e do atual modelo de negócio”.
Os Correios ainda sinalizaram a possibilidade de operações de fusões, aquisições e reorganizações societárias para fortalecer a competitividade da estatal no médio e longo prazo. O serviço postal estima reduzir o rombo em 2026 e retornar à lucratividade em 2027.
Para tocar o plano, os Correios esperam aprovar um
Leia a nota dos Correios
Os Correios informam que todas as suas agências estão abertas e as entregas seguem sendo realizadas em todo o território nacional. Atualmente, cerca de 91% do efetivo da empresa está em atividade.
Dos 36 sindicatos que representam os trabalhadores da estatal, 24 não aderiram ao movimento de paralisação. A adesão registrada é parcial e localizada, com concentrações em estados como Minas Gerais (MG), Mato Grosso (MT), Paraíba (PB), Paraná (PR), Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), São Paulo (SP) e Ceará (CE).
Para mitigar eventuais impactos operacionais, a empresa adotou medidas contingenciais que garantem a continuidade dos serviços essenciais à população.
Os Correios reafirmam seu compromisso com o diálogo responsável, a sustentabilidade da empresa e a preservação dos empregos. A estatal permanece empenhada na construção de um consenso com as representações dos trabalhadores, sob a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).