O governo brasileiro acompanha de perto o desenrolar da
Segunda a nota, a primeira avaliação é de que a elevação tarifária não deverá afetar o comércio bilateral do setor automotivo, principal pauta na balança entre os dois países. O segmento conta com um acordo setorial de livre comércio: o acordo de complementação econômica número 55 (ACE 55).
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“As possíveis medidas do Governo mexicano, contudo, causam preocupação de que o aumento tarifário possa erodir as preferências bilaterais existentes para outros setores e impactar negativamente o comércio e investimentos entre os dois países, a depender das listas finais publicadas”, disse o governo.
O aumento de tarifas foi aprovado pelo Senado mexicano na noite de quarta-feira (10), elevando as taxas de importação de cerca de 1.463 produtos de 17 setores. Inicialmente, a proposta aprovada na Câmara dos Deputados aumentava ou imporia novas tarifas de até 50% a partir de 2026, mas a maioria foi reduzida para entre 20% e 35%. Apenas casos específicos a tarifa inicial foi mantida, como no caso dos automóveis.
A medida ocorre em um momento de pressão dos Estados Unidos sobre o México, como forma de atingir o comércio chinês. A cobrança de 50% deve impactar principalmente a China, responsável pela venda de 20% de carros no México em novembro, segundo dados da Associação Mexicana de Distribuidores Automotivos.
Porém, o Brasil tem interesse em fortalecer as relações bilaterais com o México. Em agosto, o
Atualmente, o comércio entre Brasil e México é regulado por dois acordos de complementação econômica: além do ACE-55, há também o ACE 53, que reduz ou elimina tarifas de importação de quase 800 produtos não automotivos. Segundo o governo, a balança comercial com o México foi de US$ 13,6 bilhões em 2024.
“Brasil e México mantêm relação econômica e política marcada por diálogo franco e visão estratégica compartilhada. Nesse contexto, o Brasil tem mantido contato com autoridades mexicanas para tratar dos possíveis efeitos das mudanças tarifárias”, disse a nota do governo.