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Fiscalização da Receita de Minas encontra fraudes fiscais em 89 postos de combustíveis

Operação (PÓS)tumos encontrou maquininhas de cartão que não estavam vinculadas aos estabelecimento, facilitando a sonegação fiscal

Ação da receita contou com o apoio de 14 delegacias fiscais de seis regiões do estado

A Secretaria de Estado de Fazenda, por meio da Receita Estadual, encontrou fraudes fiscais em 89 postos de combustíveis com a operação (PÓS)tumos, deflagrada nesta terça-feira (7). Segundo a pasta, a ação buscou combater o uso de máquinas de cartão desvinculadas dos estabelecimentos.

Segundo o governo, a fraude permite que valores pagos pelos consumidores escapem do sistema oficial da empresa, gerando vendas reais que “somem” dos registros fiscais. A irregularidade mina a arrecadação do estado ao facilitar a sonegação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Os 89 postos foram fiscalizados simultaneamente, com apoio de 14 delegacias fiscais: Divinópolis, Uberlândia, Belo Horizonte, Manhuaçu, Muriaé, Poços de Caldas, Passos, Varginha, Teófilo Otoni, Extrema, Juiz de Fora, Contagem, Uberaba e Patos de Minas.

A investigação constatou que os estabelecimentos emitiram notas fiscais entre abril e junho de 2025, mas não registraram movimentação de cartões no mesmo período. A operação ocorre no momento em que autoridades estaduais e federais buscam combater fraudes financeiras de organizações criminosas em postos de combustíveis.

Nota fiscal mineira

Além da fiscalização, a secretaria de fazenda destacou a importância do consumidor pedir a nota fiscal, como parte da campanha da Nota Fiscal Mineira. O programa incentiva os consumidores a pedirem o documento com inclusão do CPF, girando bilhetes para que os consumidores possam concorrer a um prêmio de R$ 50 mil, a ser sorteado no dia 20.

“Mais do que participar dos sorteios, cabe ao consumidor exigir a nota fiscal ao abastecer e, ao receber o comprovante do pagamento por cartão, verificar se o CNPJ impresso no comprovante é o mesmo do posto revendedor. Se houver discrepância ou indícios de fraude, deve denunciar à fiscalização”, diz o secretário Luiz Cláudio Gomes.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.